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Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2017
A inadimplência no Fies (Financiamento Estudantil) cresceu em 2016 e reforçou as preocupações sobre a sustentabilidade do programa, bandeira do governo Dilma Rousseff. Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação apontam que 53% dos 526,2 mil contratos em fase de pagamento estavam atrasados em setembro – última atualização disponível.
A inadimplência era de 47% em 2014 e de 49% em 2015, conforme levantamentos feitos pela CGU (Controladoria-Geral da União) e pelo TCU (Tribunal de Contas da União), respectivamente. Pelo Fies, os alunos fazem a faculdade em uma instituição privada e a União paga. O estudante tem de começar a quitar as prestações um ano e meio depois de formado.
O programa, que chegou a ter 732 mil novos contratos no auge, em 2014, sofreu encolhimento no segundo mandato de Dilma e também na gestão de Temer. Em 2016, foram 193 mil novos financiamentos. Além de a inadimplência já ter ultrapassado a metade dos beneficiários, os atrasos superam um ano para quase um terço do total de contratos em fase de pagamento.
Os dados colocam em dúvida se os cofres públicos terão de volta um investimento acumulado de R$ 55,5 bilhões, de 2010 ao ano passado. Há ainda de se considerar que parte do financiamento é subsidiada pelo governo. (Folhapress)