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Mundo Mais empresas americanas estão abandonando a China; saiba o motivo

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Nunca os CEOs americanos mencionaram tanto os planos de realocar a produção de suas empresas. (Foto: Bloomberg)

Muitos nos círculos financeiros disseram que o esforço das indústrias americanas para reduzir suas cadeias de fornecimento e trazer a produção de volta para casa duraria pouco.

Assim que a pandemia desse uma trégua, e as cadeias globais de logística e transporte voltassem a funcionar, a moda passaria, argumentavam. Mas, dois anos e meio depois do início da covid, essa tendência parece estar mais forte do que nunca.

Diante da guerra na Ucrânia e das levas mais recentes de lockdowns na China para conter novos surtos do coronavírus, nunca os CEOs americanos mencionaram tanto os planos de realocar a produção de suas empresas.

Segundo levantamento feito pela Bloomberg em apresentações de resultados corporativos e em transcrições das conferências de executivos com analistas do mercado, foram quase 200 menções a nearshoring, onshoring e reshoring.

Mas, afinal, o que significa esses termos da moda? E onde as novas fábricas americanas estão se posicionando?

Segundo dados da Dodge Construction Network, houve um aumento de 116% na construção de novas instalações fabris nos EUA em 2021, segundo levantamento.

Em oposição ao offshoring, termo que ficou famoso nos anos de ouro da globalização como sinônimo de levar a fabricação de partes do produto ou até do item completo para subsidiárias em países de mão de obra mais barata – sobretudo a China – o onshoring significa produzir no mercado onde o bem será consumido.

Reshoring, por sua vez, é trazer de volta para o país de origem da empresa a produção que, no passado, estava em offshoring.

E o nearshoring é encurtar as cadeias de produção. Em vez de ter um fornecedor na Ásia para abastecer o mercado dos Estados Unidos, buscar fabricantes em países mais próximos, como México ou América do Sul, para substituí-lo e reduzir os riscos de possíveis gargalos de logística e transporte.

No passado, diz Chris Snyder, analista do setor industrial do UBS, era simples:

“Se precisarmos de uma nova instalação, ela será na China.” Agora, ele diz: “Isso está sendo repensado de uma maneira que nunca foi feita antes.”

Em janeiro, uma pesquisa do UBS com executivos revelou a magnitude dessa mudança. Mais de 90% dos entrevistados disseram que estavam no processo de transferir a produção para fora da China ou tinham planos de fazê-lo. E cerca de 80% disseram que estavam pensando em trazer parte de volta para os EUA. O México também foi uma opção muito citada.

A tendência, apesar de estar ganhando tração, ainda é incipiente. Muitos empregos industriais foram eliminados nos EUA nas últimas décadas, cerca de 8 milhões desde o pico. E, graças à crescente automação e digitalização, as novas fábricas não vão significar tantas contratações.

De todo modo, há duas enormes fábricas de microprocessadores sendo construídas no entorno de Phoenix pela Intel e mais uma em construção dentro da cidade pela Taiwan Semiconductor Manufacturing.

Há usinas de alumínio e aço sendo erguidas em todo o sul dos EUA: em Bay Minette, Alabama (Novelis); em Osceola, Arkansas (US Steel); e em Brandenburg, Kentucky (Nucor).

Perto de Buffalo, no norte do Estado de Nova York, toda essa nova produção de semicondutores e aço está alimentando pedidos de compressores de ar que serão produzidos em uma fábrica da Ingersoll Rand que estava fechada há anos.

Para muitas empresas, o primeiro impulso para mudar suas cadeias de suprimento veio bem antes da covid, quando o ex-presidente americano Donald Trump deu início à guerra comercial com a China, impondo tarifas sobre importados chineses.

A Generac Holdings, que fabrica geração de energia, começou naquela época a mapear opções para transferir sua produção da China. A empresa hoje compra a maior parte de suas peças nos EUA e no México, aumentou a produção de geradores nas proximidades de sua sede em Milwaukee e está usando a produção de uma nova fábrica ao norte de Augusta, na Geórgia.

China x Taiwan

A redução nos custos de envio e prazos de entrega mais céleres ajudaram a manter a clientela. Pettit conta ainda que a invasão da Ucrânia pela Rússia foi outro fator de preocupação, não só porque aumentou os custos globais de frete, mas porque, segundo ele, foi um lembrete de que a China poderia tentar invadir Taiwan.

Ou seja, subitamente, todo um contexto de estabilidade geopolítica que encorajou executivos a globalizarem suas operações começou a desvanecer.

 

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