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Brasil Mais mulheres denunciam o médium João de Deus após o lançamento de um documentário sobre ele

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Ao todo, ele já foi denunciado 14 vezes pelo Ministério Público. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O lançamento e exibição do documentário “Em Nome de Deus”, que narra os bastidores da investigação contra João de Deus, motivou novas denúncias de crimes sexuais em desfavor dele, segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Atualmente, João de Deus, que sempre negou as acusações, cumpre prisão domiciliar.

O documentário, que estreou no último dia 23 de junho, tem seis episódios e está disponível na plataforma Globoplay. De acordo com o promotor de Justiça Luciano Meireles, de lá para cá, só ele recebeu quatro novas denúncias, mas que o número pode ser bem maior.

“Depois do documentário, algumas vítimas vieram nos procurar, mas não foi algo uniforme. Precisamos compilar os números porque tem mais cinco promotores que atuam no caso e não sei quantas consultas eles tiveram”, disse ao portal G1. O G1 contatou a defesa de João de Deus e aguarda retorno.

Meireles afirma que das mulheres que o procuraram nos últimos dias, há algumas que já tinha ido ao MP antes, mas não se sentiam seguras para relatar os abusos – o que foi incentivado pelo documentário.

Ele destaca ainda que o “fato novo”, no caso a série sobre João de Deus, estimulou as mulheres a votarem a denunciar. “Ficamos alguns meses sem procura. O marco foi o documentário. A gente vê que a vítima precisa de algo interno, precisa quebrar uma barreira para falar. A barreira pode ser em casa, a vergonha. Toda vez que o caso vem à tona, novas vítimas procuram o MP”, pontua.

Conforme Meireles, desde que o primeiro caso foi revelado, em dezembro de 2018, no programa Conversa com Bial, o MP recebeu mais de 500 consultas com informações sobre crimes atribuídos a João de Deus. Destes, 320 mulheres o denunciaram.

Ao todo, ele já foi denunciado 14 vezes pelo MP, sendo doze por crimes sexuais. Ele já foi condenado três vezes:

1) Por posse ilegal de arma de fogo, condenado a 4 anos em regime semiaberto, novembro de 2019;

2) Crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres, condenado a 19 anos em regime fechado, dezembro de 2019;

3) Crimes sexuais cometidos contra cinco mulheres, sentenciado a 40 anos em regime fechado, janeiro de 2020.

Produção na Netflix

A minissérie “Em Nome de Deus”, sobre João Teixeira de Faria, antes conhecido como João de Deus, produzida pelo Globoplay fez com que a Netflix mudasse seus planos. A gigante do streaming, que também contará a história dos crimes cometidos pelo suposto médium, por meio de uma série documental. Por causa da enorme repercussão do projeto idealizado por Camila Appel, da equipe do “Conversa com Bial”, a série produzida pela Netflix teve praticamente de recomeçar do zero.

Se antes a pretensão era estrear ainda neste ano, agora a plataforma trabalha com junho de 2021 como previsão de lançamento. O plano da Netflix é contar a história da seita de Abadiânia, no interior do Goiás, de maneira parecida com o que ocorreu em “Wild Wild Country”, sobre o guru Osho. Foram realizadas entrevistas no começo do ano com vítimas. A ideia é contar também como foi a juventude do suposto médium e como ele acabou acusado de múltiplos crimes. A produção ficará a cargo da Grifa Filmes. Além da série documental, a história de João Teixeira de Faria também será adaptada em forma de ficção para o cinema internacional.

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