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Brasil Ministro de Bolsonaro telefona para o presidente da OAB em sinal de paz

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Segundo ele, resultado do novo exame deve sair nesta quarta. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, crítico ferrenho do governo Bolsonaro e alvo constante de ataques abaixo da cintura de apoiadores do presidente, recebeu um telefonema inesperado há três semanas.

Do outro lado da linha, estava o então mais novo ministro da Esplanada dos Ministérios, Fábio Faria, do PSD do Rio Grande do Norte, deputado federal que se licenciou para assumir a recriada pasta das Comunicações.

Faria foi direto: estava telefonando em missão de paz, num gesto de distensionamento em direção a Santa Cruz, cujo pai foi difamado meses atrás pelo próprio Bolsonaro. Faria anunciou na conversa que começava ali um novo momento do governo, em que o diálogo prevaleceria sobre o confronto, com menos ataques à imprensa e aos outros Poderes.

Novos tempos

Depois de meses em guerra contra todos que constitucionalmente lhe impõem os freios naturais da democracia, o Jair do confronto daria espaço ao Jairzinho paz e amor (o termo é meu, Fábio Faria não usou essa expressão na conversa com o presidente da OAB), menos beligerante e disposto a interromper ataques à imprensa e a outros Poderes (esses dois pontos foram citados especificamente por Faria). Coincidência ou não, as últimas três semanas de fato têm sido bem menos tensas no plano político. Faria não está sozinho nesta.

Os ministros André Mendonça, da Justiça, José Levi, da Advocacia-Geral da União, e Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral, já visitaram três ministros do STF, e diversos colegas da Esplanada têm tentado distensionar a relação com Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, este último em especial. Na família Bolsonaro, Carlos e Eduardo estão mais mansos, e o conciliador Flávio Bolsonaro reconquistou espaço. O governo entra agora na quarta semana de calmaria, um trabalho diário que vai contra a essência de tudo que foi o bolsonarismo até agora. E, por isso mesmo, com obstáculos.

Ministros que pregam o diálogo dizem que o próprio presidente estava cansado do conflito permanente. Segundo esse grupo, o presidente passou a verbalizar esse cansaço e a disposição de mudar de rota já em maio. Os arroubos de junho, com frases de efeito como “Acabou, porra” ou “Está chegando a hora de colocar tudo em seu devido lugar”, teriam sido, de acordo com esses ministros, uma última resposta à militância mais radical, ameaçada pelos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos. Mas as primeiras semanas de junho foram talvez as piores do governo até agora, com as operações dessas duas investigações, a prisão de Fabrício Queiroz e a clareza para o presidente de que os militares não endossariam seus flertes golpistas.

A Fábio Faria foi dada a missão de distensionar a relação com os veículos de comunicação, praticamente implodida por Fabio Wajngarten, o secretário de Comunicação que agora ficou sob o guarda-chuva de Faria, e também melhorar a relação com o Congresso. Foi Faria que conseguiu feito até então raro: levar para o Planalto, em sua posse, Rodrigo Maia e Dias Toffoli, num dos momentos mais agudos da tensão entre o STF e o presidente.

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