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Notícias Manifestação a favor da intervenção militar terminou em confusão no Centro Histórico de Porto Algre

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Ato foi realizado no Dia do Exército

Foto: Agência Brasil
Decreto não poderia ter abrangido crimes que violam hierarquia e disciplina militares. (Foto: Agência Brasil)

Vestidos de verde e amarelo, dezenas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se manifestaram na tarde deste domingo em frente ao CMS (Comando Militar do Sul), no Centro Histórico de Porto Alegre, pedindo intervenção militar no País. O ato foi marcado por um incidente, quando o grupo agrediu outro, com roupas vermelhas e em menor número, que protestava contra o governo federal.

Dentre os atingidos estava uma mulher que havia se posicionado sobre o muro da Igreja das Dores, na Rua dos Andradas. Ela estava sem roupa e coberta apenas por uma bandeira do Brasil, fato que revoltou os bolsonaristas. Alguns deles passaram a desferir socos nos oponentes, ferindo também no rosto uma fotógrafa que passava pelo local.

Moradora do Centro Histórico, ela registrou boletim de ocorrência policial contra um dos autores dos das agressões e inclusive publicou imagens dele nas redes sociais, ao lado de “selfies” de cortes sofridos nos lábios e nariz. “Solicito ajuda para identificar meu agressor”, escreveu em sua página no Facebook. “Eu o segui após sair da delegacia, ele deve morar nas proximidades.”

“Eu passeava com os meus cachorros pelo local quando vi uma menina sendo agredida, então disse para um dos homens que parasse com aquilo”, relatou a fotógrafa posteriormente. “Eles então me encurralaram contra a parede do quartel.” O caso será investigado pela Polícia Civil. Apesar da presença de militares do Exército na área e do monitoramento do ato pela Brigada Militar e EPTC, os manifestantes se aglomeravam sem serem interpelados.

Carreata

A turma pró-intervenção militar também tinha como alvo das palavras-de-ordem o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal), pedindo o fechamento de ambas as instituições. Também solicitavam o fim das medidas de isolamento social e do fechamento do comércio por causa da pandemia de coronavírus.

No mesmo horário, o encerramento da quarentena também foi defendido durante carreata no Parcão, bairro Moinhos de Vento, em uma reprise do que já havia ocorrido na véspera, bem como nos dias 27 de março e 4 de abril. No evento deste sábado, diversos veículos seguiram desde o bairro Navegantes (Zona Norte) até o Parcão, dividindo opiniões: ao longo de horas de trajeto, receberam aplausos, vaias e até ovos.

Organizada pelo deputado estadual Ruy Irigaray (PSL), a manifestação contou com o reforço de um caminhão de som. Falando em “histeria generalizada”, “esquerdistas de janela” e “Bolsonaro tem razão”, o parlamentar argumentou que, devido ao fato de ainda não se ter uma vacina contra Covid-19 e que esse quadro deve se manter por um longo período, a população “não pode ficar refém em suas próprias casas”.

Os decretos estadual e municipal que declararam estado de calamidade pública e determinaram medidas de isolamento social por causa da pandemia proíbem, até segunda ordem, eventos em local fechado ou aberto em vias e logradouros públicos ou privados, independentemente da finalidade, duração ou outras justificativas.

Por esse motivo, na sexta-feira o Sintrajufe (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União) havia ingressado com um pedido de liminar pedindo a proibição da carreata manifestação contra as medidas de distanciamento social.

Mas a Justiça negou a solicitação, que também contou com as rubricas do Cpers/Sindicato e do Sindibancários (Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região), que chamaram o protesto de “marcha da ignorância”.

(Marcello Campos)

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https://www.osul.com.br/manifestantes-pedem-intervencao-militar-em-frente-ao-comando-militar-do-sul-em-porto-alegre/ Manifestação a favor da intervenção militar terminou em confusão no Centro Histórico de Porto Algre 2020-04-19
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