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Mundo Sessenta pessoas foram detidas em Paris durante protesto dos “coletes amarelos”

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Autoridades temem episódios violentos em Paris e em outras cidades. (Foto: Reprodução)

Um mês após o início do movimento, os “coletes amarelos” realizaram neste sábado (15) mais um dia de mobilização nacional na França, apesar das concessões e do apelo à calma feitos pelo presidente Emmanuel Macron. Pelo menos 60 pessoas foram detidas em Paris.

No Facebook, principal canal de mobilização do movimento, os chamados à manifestação em Paris e em outras cidades proliferaram nos últimos dias, abrangendo milhares de pessoas. O movimento nasceu para reivindicar a redução do preço dos combustíveis.

“A última vez viemos aqui por causa dos impostos, desta vez é mais sobre instituições: queremos uma democracia mais direta”, disse um parisiense de 28 anos que levou a sua família para “protestar e ser ouvido”.

Violência

As autoridades temem novos episódios de violência. A manifestação do sábado anterior  terminou com um número recorde de quase 2 mil prisões, além de 320 feridos e danos materiais em metrópoles como Paris, Bordeaux e Toulouse. Estima-se que quase 140 mil pessoas saíram às ruas para protestar em toda a França naquele dia.

“Este sábado será importante para ver mais claramente o futuro deste movimento”, apontou o sociólogo e professor universitário Michel Wieviorka. “Há o risco de radicalização.” O secretário de Estado do Interior, Laurent Nunez, faz avaliação semelhante: “Esperamos uma mobilização um pouco menor, embora com indivíduos mais determinados”.

A prefeitura da capital anunciou um reforço da segurança, com 8 mil agentes adicionais e 14 veículos blindados. Em âmbito nacional, são 69 mil agentes mobilizados, contra 89 mil no sábado anterior. Mais uma vez, a polícia realizou revistas principalmente nas estradas, estações e transportes públicos. Também protegeu o acesso a instituições como o Palácio do Eliseu e a Assembleia Nacional.

Na capital, os bancos cobriram suas fachadas com cercas de proteção, mas os cafés abriram neste sábado, para tentar compensar as perdas econômicas sofridas nos dois sábados anteriores.

Em Bordeaux, o acesso a vários parques, bibliotecas e museus foi fechado, enquanto em Avignon houve uma marcha branca em memória de um “colete amarelo” que morreu atropelado em uma rotatória na quarta-feira à noite. Foi a sexta morte à margem das manifestações do movimento.

“Hoje, nosso país precisa de calma, precisa de ordem”, declarou Emmanuel Macron em Bruxelas na sexta-feira. “Eu dei uma resposta aos pedidos dos ‘coletes amarelos'”, disse o presidente depois de uma cúpula europeia. “O diálogo […] não é feito ocupando espaço público e com violência.”

O aumento de 100 euros por mês no salário mínimo e a anulação de um imposto sobre a aposentadoria não foram suficientes para convencer os manifestantes. Tampouco os apelos à “responsabilidade” após o ataque em Estrasburgo da última terça-feira, que deixou quatro mortos e alimentou o medo de novos atentados.

No entanto, certos membros do coletivo começam a pedir calma. Alguns “coletes amarelos” decidiram se desassociar do chamado “canal histórico”, que consideram radical demais, e pediram uma “trégua” porque “chegou a hora do diálogo”.

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