Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2018
O descarrilamento de um bonde elétrico deixou 28 pessoas feridas em Lisboa (Portugal) na noite de sexta-feira. As vítimas foram hospitalizadas e incluem um bebê de 6 meses e uma criança de 7 anos, nenhuma delas em estado grave. Segundo autoridades de trânsito, o operador não conseguiu reduzir a velocidade do veículo em uma curva, escapou do trilho e capotou, ficando completamente destruído.
Pouco tempo depois do acidente, o presidente lusitano Marcelo Rebelo de Sousa esteve no local. Ele elogiou a rapidez com a qual os serviços de socorro chegaram ao local. Em entrevista à imprensa, uma das testemunhas contou ter ouvido um estrondo e pessoas gritando logo depois. A empresa que opera os bondes elétricos da cidade, a Carris, disse que investigará as causas do acidente.
Os “bondinhos” são uma das atrações turísticas da capital portuguesa. A cidade conta com 11 linhas feitas por esses veículos elétricos. Estima-se que mais de 1 milhão de passageiros sejam transportados anualmente por esse tipo e veículo na cidade.
História
Os primeiros bondes começaram a circular pela cidade em 1872, na época, eram lentos e puxados por cavalos, só em 1900 que começaram a ser introduzidos os primeiros bondes elétricos e assim seguem até hoje. No final da década de 1950 a rede tinha um total de 76 quilômetros e mais de 500 carros, para uma população menor que a atual.
Hoje, esses 76 quilômetros foram suprimidos para apenas 26 quilômetros e cinco linhas, mas nem por isso os bondinhos portugueses perderam o brilho, eles percorrem os lugares mais procurados e típicos da cidade. Ligando a baixa ao bairro alto e indo até o distante bairro de Belém e Algés, já fora da cidade de Lisboa.
Os bondes que circulam hoje pela cidade foram fabricados entre 1936 e 1947, os mais antigos estão rodando há 80 anos. A empresa responsável pelos bondes de Lisboa reformou todos eles nos anos 1990 e mantém um constante trabalho de conservação tanto dos bondes, quanto das linhas.
Desde então passaram a circular novos veículos elétricos e articulados na linha que sai da Praça da Figueira e vai até Algés, mas que ainda divide o espaço com os antigos bondes.