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Mundo Manifestantes voltam às ruas em Santiago e outras cidades do Chile

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Manifestantes ocuparam a Praça Baquedano em Santiago no Chile. (Foto: Reprodução de TV)

Manifestantes voltaram a ocupar as ruas de Santiago, capital do Chile, nesta segunda-feira (21) – a segunda jornada de protestos após o toque de recolher imposto pelo governo. Também houve atos em outras cidades chilenas.

Por volta das 14h (de Brasília), centenas de pessoas marcharam rumo à Praça Itália, também conhecida como Praça Baquedano, na região central da capital chilena. Não há registro de confrontos com esse grupo até o momento, porém, perto dali, houve um princípio do tumulto quando manifestantes fizeram barricadas na rua Namur.

Desde sexta-feira (18), a onda de protestos deixou 11 mortos e 1.462 detidos, segundo balanço mais recente. Algumas estações da linha 1 do metrô de Santiago, que cruza a cidade de leste a oeste, voltaram a funcionar. Ainda assim, há pontos ainda fechados na região central da capital chilena.

Na tarde desta segunda-feira, segundo o jornal El Mercurio, outra estação precisou ser fechada. Escolas de 48 comunas – tipo de região administrativa chilena – permaneceram fechadas nesta segunda-feira. Em San José de Maipo, próximo a Santiago, haverá aulas somente pela manhã.

Entenda em cinco pontos os protestos no Chile

O governo anunciou um aumento de 30 pesos na tarifa do metrô, equivalente a R$ 0,20; violência aumentou nos protestos a partir de sexta (18), após confrontos com a polícia; o Chile decretou, no sábado (19), estado de emergência por 15 dias, e Exército foi às ruas pela 1ª vez desde a ditadura. O presidente chileno suspendeu o aumento na tarifa do metrô, mas os protestos continuaram; o metrô de Santiago fechou e o aeroporto da capital chilena teve voos suspensos.

“Estamos em guerra”

O centro de Santiago está cheio de marcas dos protestos: semáforos no chão, ônibus queimados, lojas saqueadas e destroços nas ruas. Quarenta e oito cidades suspenderam as aulas nesta segunda-feira.

O presidente chileno, Sebastián Piñera, disse em um pronunciamento no domingo que esta segunda-feira seria “um dia difícil”. “Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, implacável, que não respeita nada nem ninguém, que está disposto a usar a violência e a delinquência sem qualquer limite”, declarou.

O balanço da revolta social é sem precedentes desde o retorno da democracia ao Chile, em 1990. Protestos liderados por estudantes contrários a um aumento de tarifa no transporte público começaram duas semanas atrás, porém se tornaram mais violentos na sexta-feira. Piñera reverteu a medida e declarou um estado de emergência.

No entanto, a medida não acalmou os manifestantes, que não têm um líder definido, e continuaram nas ruas com gritos de “basta de abusos” e com o lema “Chile acordou”.
Até o momento, o movimento aparece como uma crítica generalizada a um sistema econômico neoliberal que, por trás do êxito aparente dos índices macroeconômicos, esconde um profundo descontentamento social.

No Chile, o acesso à saúde e à educação é praticamente privado, a desigualdade social é elevada, os valores das pensões estão reduzidos e os preços dos serviços básicos estão em alta, de acordo com a France Presse.

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https://www.osul.com.br/manifestantes-voltam-as-ruas-em-santiago-e-outras-cidades-do-chile/ Manifestantes voltam às ruas em Santiago e outras cidades do Chile 2019-10-21
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