Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2020
Prefeito Nelson Marchezan Junior durante reunião com comitê que monitora a situação do Covid-19 em Porto Alegre.
Foto: Jefferson Bernardes/PMPAO prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. apresentou em mais uma live, nesta sexta-feira (12) na página de Facebook da prefeitura da Capital, novas informações sobre os reflexos da pandemia na vida dos porto-alegrenses.
Um dos fatores apontados foi o alto índice da taxa de ocupação de UTIs (unidades de terapia intensiva) nos hospitais da Capital, que chegou a 78,59%, segundo dados da prefeitura. Em algumas unidades, no entanto, essa taxa chega a 100%, como nos hospitais Cristo Redentor, Independência e Restinga. Até quinta-feira (11), a Capital registrava 2.047 casos de coronavírus e 51 mortes.
Já no início da live o prefeito atualizou esse número para 2.082 casos, fez um panorama dos dados de UTIs e anunciou que serão tomadas medidas que resultarão no retrocesso de medidas de flexibilização que estavam sendo tomadas até então.
O prefeito lembrou que além dos dados gerais e de UTIs são considerados os dados de unidades básicas, hospitais e leitos. Também está sendo acompanhado o índice e a velocidade de ocupação desses leitos por pacientes com covid-19, que teve um grande crescimento nos últimos dias.
Marchezan informou que estes indicativos serão monitorados de hoje até terça, mas que a partir da próxima segunda-feira (15), novas medidas para o combate ao coronavírus na capital gaúcha podem entrar em vigor. De acordo com o prefeito, shoppings, comércios com faturamento acima de R$ 360 mil por ano, academias e restaurantes deverão ter suas atividades restritas, novamente.
A interrupção da flexibilização se deve ao aumento de casos e de surtos na capital gaúcha e à maior ocupação dos leitos de terapia intensiva nas UTIs da cidade.
“As decisões são baseadas na velocidade do aumento da ocupação dos leitos de UTI para covid-19, ao crescimento no contágio e na nossa capacidade de atender a demanda atual. São medidas de precaução para que a gente continue com uma margem de segurança, sem afetar a qualidade e atendimento das demandas eletivas nas unidades hospitalares”, disse o prefeito, que não especificou todas as restrições, que devem ser publicadas em um decreto.
As academias deverão voltar a atender apenas uma pessoa por vez, e os restaurantes deverão fechar novamente às 23h. A princípio, indústria e construção civil não serão afetadas.
As medidas podem ser reavaliadas nos próximos dias, disse o prefeito.
Durante a entrevista coletiva, Marchezan salientou que a prefeitura não está buscando culpados. Mas que é importante considerar os dados referentes aos leitos ocupados, a capacidade futura de atendimento das demandas e a mobilização que determinadas atividades geram. Para o prefeito, as medidas no mundo inteiro que se apresentaram mais eficientes foram com a suspensão das atividades econômicas, que diminui a proximidade física, o contágio e a expansão do vírus naquelas sociedades específicas. Por isso ele vê como necessário a retomada das restrições anteriores em Porto Alegre.
“Essas decisões de hoje são baseadas na velocidade, não na demanda. Nós temos capacidade de atender a demanda atual e um eventual crescimento, mas essa decisão não é pensando na ocupação de leitos de hoje, mas pensando no futuro. É uma precaução para que no futuro possamos continuar com a estrutura de saúde, que está crescendo, mas que ela cresça numa velocidade adequada”.
O prefeito lembrou, também, que as decisões também não terão reflexo nos próximos dias, em relação aos casos de coronavírus, mas sim nas próximas duas semanas.
Conversa com os supermercadistas
O prefeito Nelson Marchezan disse que irá procurar os supermercadistas e pedir para que ampliem o horário de funcionamento. A ideia é evitar as aglomerações nos locais de compras.
Confira a live:
Anúncio de novas medidas de combate à pandemia
Publicado por Prefeitura de Porto Alegre em Sexta-feira, 12 de junho de 2020