Quarta-feira, 15 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 13 de abril de 2017
Em entrevista a uma rádio de Salvador (BA) na manhã desta quinta-feira (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não vai “rir nem chorar” diante das acusações “irreais” de delatores da Odebrecht contra ele na Operação Lava-Jato, tornadas públicas na quarta-feira (12).
“Vou analisar corretamente, ler cada peça do processo para que possa dizer claramente o seguinte: a delação tem que ser provada. Não basta o cidadão falar uma coisa, por mais a sério ou por mais bobagem que seja, tem que provar”, disse. “Não posso perder a cabeça com cada coisa dessa [acusações]. Tenho noção do que está em jogo neste momento. Hoje vou conversar com o meu advogado, vou me preparar para o meu depoimento, vou continuar fazendo política”, declarou.
Sobre o seu depoimento ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba (PR), marcado para 3 de maio, o petista afirmou que será “a grande oportunidade para ouvir as acusações” e respondê-las “com muita tranquilidade”. “Tenho consciência de que não vou ser preso. Para ser preso, tem que ter cometido crime e esse crime tem que ser provado.”
Lula contou que não fica feliz com a implicação dos principais partidos do País, incluindo a oposição ao PT, nas delações recém divulgadas. “Mas quando aparecem outros partidos que criminalizaram o PT, primeiro você tem um alívio. A máscara está caindo. Mas queria que não tivesse o PT nem ninguém. Queria que se pudesse fazer política com contribuição pública, fiscalização rígida da Justiça Eleitoral. As contas dos partidos foram aprovadas nos Estados e no Tribunal Superior”, declarou.
Consequências
Questionado sobre sua eventual candidatura à Presidência em 2018, disse estar estimulado: “Eu estou na disputa. Vou disputar se me deixarem disputar e vou provar que esse País pode voltar a ser feliz”. Antes, havia comentado que as acusações mexiam com seu “brio” e com sua “honra” e que lhe davam “mais disposição de brigar”.”Não nasci para parar no meio do caminho”, afirmou. (Folhapress)