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Mundo Máscaras faciais ganham as ruas do mundo e prenunciam um futuro possível nas grandes cidades

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Mesmo após tomar a vacina, uso de máscara de proteção será necessário, alertam médicos. (Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Gov-SC)

Máscara cirúrgica ou de pano, com strass, estampada com rosto, de time de futebol ou coraçãozinho. A pandemia de covid-19 fez com que um item até então pouco familiar no Brasil ganhasse as ruas do país em múltiplas estampas e formatos. Segundo uma pesquisa Ibope para o  jornal O Globo divulgada em setembro, 83% dos brasileiros aprovavam seu uso neste período.

Em outros países, porém, topar com um mascarado numa calçada é algo bem mais banal. E que nem sempre está associado a epidemias tão graves como a atual.

“Nos países asiáticos, como China, Japão, Coreia do Sul, é comum ver pessoas nos aviões, trens e ônibus usando máscaras”, afirma a infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp, que já recomendava o uso em março, antes do comunicado oficial do Ministério da Saúde.

Tradicionalmente, elas são usadas nas grandes cidades da Ásia para evitar a disseminação de doenças de contágio aéreo, especialmente no inverno. Ao primeiro sinal de coriza ou tosse, lá estão as máscaras nas ruas ou no transporte público. Sua adoção por grande parte da população no continente é apontada como um dos fatores de controle da pandemia de covid-19.

Nos Estados Unidos, onde não há uso obrigatório, o número de casos, de internações e mortes vem batendo recordes. Na Europa, que fez a reabertura sem obrigatoriedade das máscaras, a curva voltou a crescer.

Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Antonio Bandeira lembra que as máscaras estão entre os itens básicos do arsenal dos profissionais de saúde há muitos anos como proteção contra agentes infecciosos. Para ele, em breve elas poderão também servir como escudo para a população em uma possível nova era de doenças globais.

“A covid-19 não será a última pandemia. Tivemos várias nos últimos anos. A densidade populacional muito elevada faz com que os vírus ganhem uma dimensão explosiva. O desmatamento provoca um contato próximo entre seres humanos e mamíferos que podem transmitir doenças”, prevê o médico.

Stucchi defende a adoção por aqui mesmo depois do fim da pandemia, no caso de sintomas que afetem as vias áreas. A eficácia maior das máscaras, dizem os especialistas, é para barrar a transmissão de uma doença para os outros – um cuidado coletivo, portanto, em vez de individual.

Para a infectologista, porém, trata-se de um hábito difícil de difundir:

“Se as pessoas não forem obrigadas, não vão usar. Talvez valha a pena começar um processo educativo.”

Há outras razões para essa popularização. Em países como a China, onde a poluição atmosférica alcançou níveis alarmantes, muitos passaram a utilizá-las como forma de proteção. Segundo o pneumologista Carlos Alberto de Barros, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), faz sentido. Nesse caso, a máscara ideal é a N95.

“Ela diminui o índice de partículas inaladas”, diz.

O patologista Paulo Saldiva, da Universidade de São Paulo (USP), concorda, mas afirma que a máscara não é 100% eficaz para esse fim. É preciso haver políticas de combate à poluição.

“Temos de fundar a sociedade protetora do ser humano”, defende o médico.

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