Acontece Médico Carlos Gandara expõe fotografias na Casa da Memória Unimed Federação/RS

A exposição fica em cartaz até o dia 18 de fevereiro de 2022. (Foto: Divulgação)

A Casa da Memória Unimed Federação/RS lançou nessa segunda-feira (18) mais uma grande exposição. Intitulada “VIDA”, a mostra apresenta fotos do médico Carlos Gandara em imagens que tratam sua rotina e a de seus colegas de profissão. O espaço abriu suas portas para visitação no Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro.

Na foto, o médico Carlos Gandara. (Foto: Divulgação/ Arquivo Pessoal)

Segundo Gandara, com a chegada da pandemia da Covid-19, ele decidiu estudar mais sobre a fotografia e resolveu se inscrever em cursos da área. Ele explicou como surgiu o convite para participar desse projeto. “Um dos cursos era sobre fotolivros e eu mostrei esse trabalho para o professor Valdemir Cunha, que elogiou o trabalho e afirmou que as imagens eram muito impactantes. Assim, veio o convite do Éverton Quevedo, diretor da Casa de Memória da Unimed, perguntando se eu tinha um trabalho que poderia ser exposto na Casa”, relembrou.

As imagens expostas contam com textos do presidente da Unimed Federação/RS, Nilson Luiz May. De acordo com o fotógrafo, as imagens precisavam de uma interpretação. “Precisava que alguém olhasse as imagens e sentisse elas e, talvez, as colocasse em palavras. Lembrei do meu amigo, presidente da Unimed Federação/RS, Nilson May, e pedi para que ele olhasse as imagens e descrevesse sobre elas. Assim surgiu essa parceria em que as minhas imagens foram interpretadas”.

Na foto, o presidente da Unimed Federação/RS, Nilson Luiz May e o também médico e fotógrafo Carlos Gandara. (Foto: Divulgação)

Gandara contou que, através de suas fotos expostas, ele deseja transmitir a solidão que envolve o trabalho do cirurgião e do anestesista. Uma solidão, conforme o médico, em ter que tomar uma decisão que é importante para a vida do paciente: se opera ou não, a técnica que irá usar, qual o tratamento que irá implementar, entre outras dúvidas que surgem no momento da cirurgia.

Já sobre o nome da exposição, ele declarou que “chama-se VIDA porque eu acho que são duas vidas envolvidas. Primeiro, a vida do paciente quando vai para uma cirurgia e é submetido a uma anestesia. Ali há um lapso, a vida do paciente e o sucesso do procedimento estão entregues àquela pessoa. E, em contrapartida, do outro lado deste cenário existe outra vida que é a do cirurgião e do anestesista, dedicados a cuidar dessas pessoas. Eu queria que a exposição transmitisse isso, que existe uma entrega do paciente e existe uma percepção de responsabilidade, de cuidado e de atenção do médico”.

Em relação às dificuldades enfrentadas na hora de fotografar em seu ambiente de trabalho, o médico pontuou as complicações em lidar com a luz do bloco cirúrgico, que é bastante potente. “Mas vi que aquela luz tão intensa poderia me ajudar. Através da fotometria e outras técnicas de fotografia, poderia usar aquela luz para isolar todo o ambiente, o cirurgião e o paciente, o anestesista, que são o foco das minhas imagens”. A maioria das fotos de Gandara foram feitas com a técnica chamada de Low Key, que se beneficia das sombras marcadas, das áreas escuras e da luz dura, no qual é explorado o contexto da escuridão para dar realce ao objeto de interesse. “Eu foquei o interesse todo no cirurgião e no paciente, no trabalho cirúrgico para que as imagens tivessem mais força na expressão”, explicou.

Natural de Porto Alegre, Gandara é cirurgião pediátrico, membro do Clube do Fotógrafo de Caxias do Sul e presidente da Confederação Brasileira de Arte Fotográfica (Confoto). Dedica-se à fotografia desde 2001 e já passou por mais de 40 países, registrando os mais diversos cenários e situações.

“A minha dedicação maior é a fotografia de natureza. Mas comecei a ver que eu tinha uma oportunidade única que os outros fotógrafos não tinham. Eu estava lá no centro cirúrgico, presenciando momentos ímpares muito interessantes das cirurgias, e isso poderia render, como rendeu, belas imagens. Então eu fui pouco a pouco vendo essas situações, não só da minha especialidade da cirurgia pediátrica, mas de todas as outras”, declarou Gandara.

A exposição, que tem curadoria de Paquito Masiá Herrera, fica em cartaz até 18 de fevereiro. Visitas mediadas poderão ser realizadas de segunda a sexta-feira, das 12h às 17h. Os protocolos sanitários em função da Covid-19 deverão ser seguidos: higiene das mãos, uso de máscara e distanciamento físico.

Confira o convite para visitar a exposição na Casa de Memória Unimed Federação/RS: 

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