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Cinema Menos de um quinto dos filmes de Hollywood previstos para 2019 é dirigido por mulheres

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Profissionais falam que gêneros, enredos e maneiras de contar histórias poderão surgir da era da Covid-19. (Foto: Reprodução)

Há duas semanas, os grandes estúdios de cinema exibiram seus lançamentos previstos em 2019 para executivos em Las Vegas (EUA), em uma série de elaboradas apresentações de marketing. É um ritual anual: “aqui estão os hits em potencial que vamos entregar”, é como se os estúdios dissessem.

Pela primeira vez, a importância da diversidade na tela passou a ser mais do que um simples discurso. A Paramount apresentou uma aventura em família (“Dora e a cidade perdida”) com um elenco predominantemente latino. A Warner Bros promoveu uma sequência de “Shaft”, estrelada por Samuel L. Jackson e Regina King. A Universal apresentou uma comédia protagonizada por mulheres negras (“Little”), um filme de animação sobre a busca de uma garota chinesa (“Abominable”) e um musical de verão (“Yesterday”) com um ator de ascendência indiana no papel principal.

Mas basta olhar com um pouco mais de atenção para esses filmes — e para quem os está dirigindo — que a narrativa de inclusão de Hollywood se desfaz em um ponto crucial. Mesmo depois de anos sendo criticados por marginalizar cineastas mulheres, os estúdios como um todo continuam a depender esmagadoramente de homens para liderar produções.

Por que isso acontece?

Os estúdios têm várias explicações (alguns diriam desculpas), mas um grande motivo, segundo eles, envolve a falta de pressão econômica. Os espectadores têm respondido favoravelmente a elencos e histórias com diversidade (em filmes como “Nós”, “Crazy Rich Asians” e “Pantera Negra”), levando os estúdios a oferecer mais e mais. No entanto, poucos espectadores decidem comprar ingressos com base no gênero do cineasta.

“Será que o consumidor se importa com a forma como algo é feito versus o que vê na tela?”, questionou Cathy Schulman, produtora vencedora do Oscar (“Crash”), em uma entrevista. “Acho que isso está se tornando cada vez mais importante, mas eu diria que o “business” demora muito para ver essa conectividade.”

Disney

Durante sua sessão em 3 de abril no CinemaCon — uma convenção organizada pela Associação Nacional de Donos de Teatros —, a Disney revelou uma lista de 19 filmes para o restante de 2019, incluindo um lote de produções da recém-adquirida 20th Century Fox. Apenas duas são de mulheres: Jennifer Lee codirigiu “Frozen 2” e Roxann Dawson dirigiu “Breakthrough”, um drama baseado na fé.

A Warner Bros tem 15 filmes, três dos quais têm uma mulher por trás da câmera. A Paramount atualmente planeja lançar sete filmes até o final do ano, e o thriller “The Rhythm Section” é o único dirigido por uma mulher, Reed Morano, mais conhecida pelo seu trabalho como diretora de fotografia.

A Universal Studios tem 15 filmes com datas de lançamento até dezembro. Quatro vêm de mulheres, incluindo “Little”, dirigido por Tina Gordon, e “Queen & Slim”, um drama previsto para novembro e dirigido por Melina Matsoukas.

A Sony Pictures optou por não fazer uma apresentação no CinemaCon. O estúdio tem 13 filmes no restante de sua programação de 2019. As mulheres estão dirigindo três deles: “Charlie’s Angels” (Elizabeth Banks); “Um lindo dia no bairro” (Marielle Heller); e “Mulheres pequenas” (Greta Gerwig).

Disney, Warner, Universal e Sony não responderam a pedidos de entrevista ou se recusaram a comentar.

Já a Paramount fez um mea-culpa em um comunicado: “Reconhecemos que, como indústria, precisamos oferecer mais oportunidades para diretoras mulheres, e na Paramount nos comprometemos publicamente a fazer um trabalho melhor”.

O estúdio acrescentou que, sob uma iniciativa anunciada em fevereiro, todos os seus projetos de cinema e televisão devem apresentar um “plano de diversidade e inclusão” antes de serem aprovados.

Cenário estagnado

Martha Lauzen, diretora executiva do Centro para o Estudo da Mulher na Televisão e do Cinema e professora da Universidade Estadual de San Diego, citou uma pesquisa que mostrou que, em 2018, as mulheres representaram 8% dos diretores que trabalharam nos 250 filmes de maior bilheteria. Esse índice é 1 ponto percentual mais baixo do que em 1998.

“Nós não vimos nenhum aumento significativo na porcentagem de mulheres diretoras de cinema nos últimos 20 anos”, conclui ela.

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https://www.osul.com.br/menos-de-um-quinto-dos-filmes-de-holywood-previstos-para-2019-e-dirigido-por-mulheres/ Menos de um quinto dos filmes de Hollywood previstos para 2019 é dirigido por mulheres 2019-04-16
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