Segunda-feira, 14 de julho de 2025

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Ali Klemt Meu presente pra você

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Há quem olhe para si mesmo e pense que não tem motivos para agradecer. (Foto: Reprodução)

Se você é uma pessoa normal, a essa altura do ano já está, certamente, exausto. Dezembro é sempre assim – e mesmo que todos nós saibamos disso, nunca muda. Todo-santo-ano é a mesma doideira.

E olha que eu tento. Sou virginiana, faço listas dos presentes de Natal com antecedência e vou riscando, na medida em que os compro. Encomendo cartões, dou lembrancinhas seguindo uma metódica logística de distribuição. Organizo o recolhimento das cartinhas de Papai Noel aqui em casa, assim como a chegada do Elfo (e o Elfo muda de lugar todas as noites, o que me requer lembrar desse detalhe e ajudá-lo com o “transporte” de um local para o outro no meio da madrugada, se é que você me entende). Ou seja, há todo um backstage natalino que ninguém vê. Atrás da “magia” do Natal, tem muita mãe e pai trabalhando de forma invisível por aí…

Só que essa época não precisa se limitar apenas à loucura das vésperas de Natal e todo o entusiasmo consumista ao qual somos, naturalmente, atirados. Pode ser um período de intensa e profunda reflexão.

Para os católicos há, claro, a influência da sua origem religiosa. Mas eu vou além: é o momento de “trocas”: uns com os outros, e, também, da própria carapuça que você vestiu no decorrer dos últimos meses. É um momento de estreitamento de laços, de renovação interna e, principalmente, de muita, muita gratidão.

Há quem olhe para si mesmo e pense que não tem motivos para agradecer. As coisas estão difíceis, o dinheiro está escasso, a relação a dois está por um fio, o trabalho é uma infelicidade, há brigas familiares, problemas de saúde e pouca esperança de um futuro melhor. Só que não há desculpas para não ser grato enquanto se estiver vivo, com saúde, e com os seus filhos (se os tiver) bem. Eu sei que insistir nisso é muito, muito piegas, mas é a verdade: a gratidão é o mais importante sentimento que o ser humano deve desenvolver, e a vida se revela, aos poucos, muito mais bela em seus pequenos detalhes.

Falo por experiência própria, pois tenho tentado exercitar a gratidão, diariamente. Sim, é isso mesmo que você leu. Di-a-ri-a-men-te eu acordo e agradeço pelo dia que se desenrolará, pela minha cachorra Jackie Vegas (meu sonho sempre foi ter um pug, como não agradecer?), abraço o manjericão da janela e agradeço pelo seu aroma delicioso (juro de dedinho que faço isso), inalo o cheirinho único do café passado e, claro, agradeço também. Logicamente, na medida em que os compromissos se seguem, eu entro no piloto automático de cumprimento insano de tarefas e, obviamente, esqueço de agradecer. Porém, aos poucos, consegui programar a minha mente para ter o sentimento da gratidão quase como um comando automático. E, pasme, você acreditaria em mim se eu disser que, sim, tudo, absolutamente tudo fica melhor?

Isso não significa que problemas deixarão de ocorrer, que percalços não acontecerão ou que eu não ficarei triste, indignada ou mesmo com raiva. Claro que sim. Somos humanos! No entanto, o caráter grato é mais forte e restabelece a lógica que deve reger a nossa existência de forma muito mais rápida: sou grata, logo, isto não é um problema e, por consequência, não preciso me ater a isso. Punto e basta. Adiante.

A boa notícia é que, se você já leu até aqui e não desdenhou desse texto, é porque está aberto a essa ideia – e esse é o melhor presente que você pode se dar: inserir, definitiva e automaticamente, a gratidão no seu coração.

E muito, muito obrigada por estarem comigo, semanalmente. Sou muito grata.

Ali Klemt

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