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Brasil Militar brasileiro que foi detido com 39 quilos de cocaína em avião de comitiva presidencial pode pegar até 15 anos de prisão na Espanha

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Advogado que representa o sargento Manoel Silva Rodrigues (foto) afirma que até agora não teve acesso aos autos da investigação. (Foto: Reprodução de internet)

Se for julgado na Espanha, e não no Brasil, o segundo sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues poderá ficar preso por 15 anos. Quem afirma é o advogado espanhol Jesus Santos, que já foi promotor público espanhol.

O sargento foi detido na terça-feira (25) no aeroporto de Sevilha, na Espanha, por transportar 39 quilos  de cocaína em sua bagagem. O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) faz parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro ao Comitê do G20 no Japão.

“Por ser um delito grave, a pena pode ser de 10 a 15 anos. A [prisão] preventiva pode chegar a 2 anos.” Trata-se de uma investigação global, porque o crime tem ramificações em diferentes países e, assim, há a possibilidade de ele ser julgado no Brasil ou na Espanha, afirma ele. Mesmo se o Brasil pedir para que Manoel seja retornado, a Espanha deverá querer julgá-lo, disse Santos.

Existem prisões específicas para militares na Espanha, mas, se for julgado lá, Rodrigues não deverá ser encaminhado a uma delas. “Como é um delito de natureza comum, ainda que o acusado seja um militar, ele vai para uma jurisdição ordinária, e não especializada”, afirmou Santos.

Interesse dos dois países

Como o militar estava a serviço, e não a passeio, o Brasil tem um forte argumento para pedir para que ele seja repatriado e julgado aqui, disse o advogado Amado Faria, que foi desembargador e, antes disso, promotor de Justiça Militar.

“Ele não estava na Espanha a passeio e, a rigor, deve ser apresentado às autoridades brasileiras com toda a documentação elaborada pelos espanhóis para ser julgado aqui, e de acordo com o código penal militar. A regra é essa. Mas eu não sei se os governos do Brasil e da Espanha vão tratar isso dessa maneira.”

Uma condenação na Justiça comum brasileira pode ser de até 15 anos, já na militar, é uma pena única, de 5 anos, segundo Faria. Os dois países, em teoria, têm interesse em investigar como Rodrigues conseguiu a droga e qual seria o destino dela. “Não se produz cocaína no Brasil, ela passa por aqui. A Espanha, que é um dos destinos, também quer saber como a droga sai de outros países, é levada ao Brasil e depois para fora.”

Presos por tráfico

Até o fim de 2018, havia 761 brasileiros cumprindo pena por tráfico internacional ou posse de drogas em outros países. A quantidade total de brasileiros presos em outros países do mundo aumenta desde 2015. No fim de 2018, eles eram 3.579. Cerca de 10% do total, 343, eram brasileiros presos somente na Espanha. Desses, 107 cumpriam pena por tráfico internacional de drogas, tráfico ou posse, de acordo com o Itamaraty.

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