O governo pagou, no ano passado, R$ 600 nas cinco primeiras parcelas do auxílio emergencial, entre abril e agosto de 2020, e as quatro últimas de R$ 300 – de setembro a dezembro do ano passado.
Neste ano, o benefício foi retomado em abril, com o pagamento previsto de quatro parcelas. O valor varia de R$ 150 a R$ 375.
“O auxílio emergencial, quando for interrompido, tem de ser substituído por um Bolsa Família sustentável, valor mais alto que R$ 170, mas não sei se vamos chegar a R$ 600”, disse ele.
Guedes avaliou que o Partido dos Trabalhadores não conseguiu fixar um valor mais alto para o Bolsa Família no passado, como R$ 600, porque o impacto nos gastos públicos seria muito grande, e o benefício não seria sustentável. No ano passado, o valor mais alto foi pago somente por um período mais curto, explicou ele.
Taxação de livros
Paulo Guedes, afirmou nesta terça que nunca propôs a taxação sobre livros, apesar de a proposta de reforma tributária, enviada pelo governo Bolsonaro ao Congresso no ano passado, prever a cobrança.
Atualmente, os livros estão isentos da cobrança de impostos e tributos.
A declaração surge após a Receita Federal ter publicado, no começo de abril, um documento para tirar dúvidas sobre a primeira parte da proposta de reforma tributária do governo. No texto, a Receita afirma que os livros didáticos podem ser taxados porque não são consumidos pelos brasileiros mais pobres.
A proposta do governo prevê a unificação dos impostos federais PIS e Cofins e, no lugar, a criação de um novo tributo sobre consumo chamado Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
A alíquota proposta para a CBS é única, de 12%, inclusive para livros, que hoje são imunes à cobrança de impostos. O texto ainda não foi apreciado pelo Congresso.