Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de janeiro de 2016
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, já sinalizou internamente que não é prioridade fazer a correção da tabela do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) em 2016. A avaliação dele é de que não há espaço fiscal para a revisão da tabela porque o momento atual é de recuperação de receitas, que continuam em um quadro de grande fragilidade.
Após a divulgação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2015, a pressão pela correção aumentou em razão da defasagem entre a correção da tabela e o aumento da inflação. No ano passado, a diferença atingiu 4,81%, o maior nível nos últimos dez anos, de acordo com cálculos do Sindifisco Nacional, entidade que representa os auditores da Receita. A correção média da tabela ficou em 5,60%, enquanto o IPCA teve alta de 10,67%. Em 20 anos, a defasagem supera 72%.
No Palácio do Planalto, há pressão para uma “melhorada” na tabela para garantir pelo menos algum reajuste, mesmo que pequeno. (AE)