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Brasil Ministro da Fazenda defende corte na taxa de juros do cheque especial

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Ao procurar outras legendas, o objetivo de Meirelles é estudar mais opções antes de decidir o que fazer. (Foto: Agência Brasil)

A mudança no funcionamento do cheque especial para reduzir a taxa de juros deve ser anunciada neste ano. A informação foi dada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), instituição que coordena as conversas para adoção das novas regras. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou o apoio à iniciativa com a avaliação de que os juros cobrados pelo uso do limite da conta corrente são “muito elevados”.

Além das instituições financeiras e do BC (Banco Central), as negociações para adotar nova mecânica para o cheque especial também envolvem o Ministério da Fazenda. “É importante a queda do juros, que estão muito elevados”, disse o ministro. Segundo Meirelles, a equipe econômica contribui com o debate, mas ainda não há medida específica definida para reduzir os juros. “Estão sendo estudadas várias alternativas.”

Uma das opções é adotar prazo máximo para o uso do limite da conta corrente. O modelo seria comparável ao do cartão de crédito, cuja regra, adotada desde o ano passado, impede o cliente de permanecer por mais de 30 dias no rotativo – financiamento automático quando a fatura não é paga integralmente. Se esse prazo de um mês é atingido, bancos são obrigados a oferecer nova operação mais barata, como o parcelamento da dívida. Em nota, a Febraban confirmou que estuda o tema, “elabora propostas para melhorar o instrumento e as anunciará, neste ano, quando forem concluídas”.

Margem

A mudança no cheque especial faz parte de um conjunto de ações em avaliação pela associação para melhorar o ambiente de crédito no Brasil. Nesse esforço da entidade, o principal objetivo é a redução da margem cobrada pelos bancos nas operações de crédito – o chamado spread – diferença entre o custo que os bancos têm para captar e a taxa cobrada aos clientes.

Na nota, a Febraban diz que trabalha “continuamente para garantir uma redução estrutural do spread bruto – a diferença entre as taxas cobradas nas concessões de crédito e as taxas de captação das instituições financeiras”. Parte das novas regras do funcionamento do cartão adotadas no ano passado nasceu nas próprias instituições financeiras que operam cartões de crédito.

Taxas

O cheque especial tem o segundo maior juro entre as operações para pessoas físicas. Em novembro, os bancos cobraram, em média, 323,7% ao ano. Isso faz com que o uso de R$ 1 mil do limite da conta se transforme em R$ 4.237 após um ano. A operação mais cara do sistema financeiro é o crédito rotativo pago em atraso, o chamado “não regular”, cujo juro ficou em 410,4% ao ano em novembro. Essa transação não foi afetada pelas novas regras do cartão de crédito.

Bancos

Pressionados pelo governo, os bancos assumiram o compromisso de a dotar novas regras para o cheque especial com objetivo de reduzir os juros aos clientes. A iniciativa foi revelada na terça-feira (16) pelo presidente do BC (Banco Central), Ilan Goldfajn. A ideia é que essa modalidade seja usada por um tempo limite, para evitar que a dívida vire uma bola de neve.

“O cheque especial é um instrumento que tem de ser estudado, e a Federação Brasileira dos Bancos está avaliando mudanças”, disse Ilan. “A gente está de olho e, às vezes, é bom que o BC não precise editar norma nenhuma e deixe o sistema fazer”, disse. No entanto, segundo ele, se a iniciativa não avançar, o BC adotará medidas para reduzir as taxas.

 

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https://www.osul.com.br/ministro-da-fazenda-defende-corte-na-taxa-de-juros-do-cheque-especial/ Ministro da Fazenda defende corte na taxa de juros do cheque especial 2018-01-18
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