Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2021
A Sputnik V já foi aprovada para uso emergencial em países como Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai
Foto: Governo de Corrientes/DivulgaçãoO ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou na quarta-feira (20) que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) preste informações sobre a análise de um pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V, desenvolvida pela Rússia para o combate à Covid-19.
Lewandowski vai usar as informações a serem fornecidas pela agência para decidir sobre um pedido do governo da Bahia. O Estado requereu ao STF autorização para importar e distribuir vacinas que já tenham o aval de autoridades sanitárias estrangeiras e certificação da Organização Panamericana de Saúde, mesmo sem a liberação da Anvisa.
“Considerada a afirmação do autor [governo da Bahia], feita na petição inicial, de que já foi requerida a autorização temporária para uso emergencial da vacina Sputnik V, informe, preliminarmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no prazo de até 72h, se confirma tal afirmação e, em caso positivo, esclareça qual o estágio em que se encontra a aprovação do referido imunizante, bem assim eventuais pendências a serem cumpridas pelo interessado”, escreveu o ministro.
A Sputnik V já foi aprovada para uso emergencial em países como Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai. No Brasil, a farmacêutica União Química, que pretende produzir a vacina russa para a demanda interna e para a venda a outros países da América Latina, entrou com pedido para uso emergencial de 10 milhões de doses que viriam da Rússia. A Anvisa recusou, alegando que apenas vacinas com estudos clínicos em andamento no Brasil podem ter essa autorização, o que ainda não é o caso do imunizante russo.