Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2021
Segundo Milton Ribeiro, a crise vivida no instituto não tem relação com a prova do Enem
Foto: Roque de Sá/Agência SenadoO ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou nesta terça-feira (16) haver interferência do governo na elaboração do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e atribuiu os pedidos de demissão em massa de servidores do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) ao pagamento de gratificações.
Nos últimos dias, 37 servidores do Inep pediram para deixar os cargos ou funções comissionadas que ocupavam no instituto. Parte deles relata ter havido tentativa de interferência política na formulação do Enem deste ano para evitar questões polêmicas.
“Bom, aí entra outro assunto. Entra um grupo, que é um grupo de funcionários, um colegiado, um colegiado de bons funcionários públicos do Inep, e que tiveram lá uma discussão a respeito de uma gratificação a mais. Essa é a questão. Esse é um assunto que é administrativo. Não tem nada a ver com prova do Enem”, disse Ribeiro ao ser questionado sobre a debandada de servidores.
Segundo ele, a crise vivida no instituto não tem relação com a prova do Enem. “Então, quando a gente vê toda essa discussão às vésperas do Enem, nada com educação, nada com as provas, tudo a ver com a questão administrativa, de pagamento ou não de gratificação”, declarou.
Na segunda-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro, ao ser questionado sobre a debandada no Inep, disse que as questões do Enem “começam agora a ter a cara do governo”.
“Nem o presidente do Inep, muito menos o presidente da República, que a rigor nós três somos autoridades, respondemos, poderíamos até ter acesso às provas. Nenhum de nós teve acesso. Nenhum de nós escolheu pergunta alguma ou determinamos. Se vocês me perguntarem hoje: qual é o tema da redação? Vou ficar devendo pra vocês”, afirmou o ministro da Educação.