Quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2025
Os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), que compareceram à oficialização da federação União Progressista nessa terça-feira (19), não aplaudiram o discurso inflamado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Caiado, em declarações já como pré-candidato à Presidência, se referiu a Lula como o “candidato que está destruindo o País”. O governador de Goiás também disse que o petista vem “posando de democrata, de patriota.”
“O homem que assaltou os aposentados. Os mais roubados foram os aposentados do setor rural, os mais pobres”, disse, antes de citar escândalos passados de governos petistas, como mensalão e Operação Lava-Jato.
Caiado também afirmou que a federação criou “uma responsabilidade de dar rumo político a essa nação”. “O Brasil, agora sim, é um país que tem ordem e progresso e vai ter liberdade para todos os cidadãos”, disse.
Ao final, a maioria dos presentes aplaudiu o discurso de Caiado. Na mesa principal, Sabino e Fufuca foram algumas das exceções, além do líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas (MA), que quase virou ministro de Lula. O ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) hesitou, mas aplaudiu as falas do goiano.
Caiado teve apoiadores no evento. Um grupo levou um cartaz em defesa da candidatura do governador de Goiás à Presidência e aos nomes de Daniel Vilela, vice de Caiado, para sucedê-lo no cargo.
Caiado se lançou pré-candidato à Presidência, mas não encontra apoio entre os principais líderes das duas siglas. Ele defendeu, no evento, que cada partido lance seu candidato para disputar contra Lula e que a união da direita ocorra apenas no segundo turno. Unificar as candidaturas, disse, só ajudará o petista.
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), rebateu a estratégia ao discursar. “Temos grandes nomes, mas talvez não seja a hora de sermos a cabeça”, disse. “Não seremos também os braços, condenados a estar num extremo ou de outro. A União Progressista nasceu para ser a espinha dorsal”.