Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2015
Apesar do cenário econômico turbulento, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) discutem uma proposta de aumento dos próprios salários para 2016. A negociação prevê conferir um reajuste de cerca de 16% no salário de 33,7 mil reais, elevando os vencimentos para mais de 39 mil reais. A proposta ainda não foi fechada e será construída com o Planalto. Interlocutores da cúpula do governo que acompanham o caso não passaram o impacto da proposta.
Um eventual aumento produzirá um efeito cascata no Judiciário, uma vez que o salário dos ministros do Supremo é o teto do funcionalismo público, servindo de base para os subsídios de ministros de outros tribunais superiores, juízes e desembargadores, de membros de tribunais de contas, além de corte para vencimentos de servidores.
O STF ainda negocia com a equipe econômica um reajuste para servidores entre 41% e 44%, divididos em quatro anos. O tribunal reivindica uma reposição de 46%, mas o governo demonstra resistência. A proposta é uma alternativa costurada entre o Supremo e o Planejamento após o veto da presidenta Dilma Rousseff ao projeto aprovado pelo Senado que fixava um reajuste de 56,4% a 78,6%, com impacto de 25,7 bilhões de reais para os próximos quatro anos. O presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, disse que acertou “as linhas básicas” de reajuste dos servidores com o governo e que o valor “será o melhor possível”. A proposta deve ser fechada até quarta-feira. (Folhapress)