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Política Ministros do Tribunal de Contas da União preparam uma resposta aos ataques do presidente do Banco do Brasil

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Na famosa reunião de 22 de abril, Rubem Novaes afirmou que o tribunal de contas era "uma usina de terror". (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

A sessão do Tribunal de Contas da União desta quarta-feira (27) vai lembrar com carinho do presidente do BB (Banco do Brasil), Rubem Novaes.

Apesar de alguns ministros considerarem o silêncio a melhor resposta aos ataques gratuitos do presidente do banco na famosa reunião ministerial de 22 de abril, quando chamou o TCU de “usina de terror”, outra ala do tribunal não pretende deixar barato.

“Tribunal de contas é uma usina de terror. Quer dizer, se a gente faz alguma coisa está arriscado a ir pra cadeia. Se não faz, é processado por inação, não é? Porque você não tomou as providências que tinha que ter tomado. Então, virou um terror isso”, disse Novaes.

Depois de ficar sabendo da fala, ministros do TCU mandaram levantar eventuais atos do tribunal contra o BB que possam ter desagradado a Novaes. Acharam, no ano passado, dois casos que foram resolvidos, após o devido diálogo e correção de procedimentos.

“O que essa turma do Bolsonaro não gosta é de regra. Qualquer regra”, diz um ministro à coluna Radar, da revista Veja.

Coronavírus

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou na reunião ministerial de abril, cujo conteúdo foi liberado na última sexta-feira (22) pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que o pico de mortes por coronavírus já havia passado. Na ocasião, o País registrava em torno de 200 óbitos a cada 24 horas. Um mês depois, as mortes por dia já alcançaram a faixa de mil.

Já no dia seguinte à declaração, 403 pacientes morreram em decorrência da Covid-19, e de lá para cá a curva seguiu trajetória ascendente. Depois da afirmação, Novaes foi alertado pelo ministro da Casa Civil, Braga Netto, que as projeções feitas pelo governo à época indicavam que o pico ainda não havia chegado.

“Agora, eu … se me permitem, eu queria fazer uma observação rápida sobre a área de  medicina. Eu, eu acompanho os números diariamente. Eu vejo que os óbitos, eles chegaram a… a diários, passaram de duzentos durante alguns dias. Quatro, cinco dias. Mais… mais de… de duzentas pessoas sendo mortas. De uns quatro, cinco dias pra cá, esses óbitos caíram bastante. Já não chegam mais na casa de duzentos. A minha sensação, de quem não é especialista no negócio, mas que observa os números, é que o tal do pico, o tal do famoso pico, que gerava tantas preocupações, a minha sensação é que esse pico já passou, né?”, argumentou Novaes, que é economista.

Braga Netto indicou que a avaliação não procedia e, em seguida, encerrou a reunião:

“É que o senhor (Novaes) não viu o número que nós mostramos lá em cima (andar superior do Palácio do Planalto), agora, mas isso é outra história. Senhores, sem querer cortar, muito obrigado a todos porque senão não termina”, disse o ministro.

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