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Brasil Ministros e delegados depõem na semana sobre a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal

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Membros do governo Bolsonaro estão sob investigação. (Foto: Alan Santos/PR)

A Polícia Federal marcou para a semana que vem os depoimentos dos ministros do governo Bolsonaro e dos delegados no inquérito que apura se o presidente tentou interferir politicamente em investigações da PF.

Na segunda-feira (11), serão ouvidos o diretor-geral da Abin, delegado Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro e que teve a indicação para a direção geral da PF barrada, e o delegado Ricardo Saadi, que deixou a superintendência no Rio em agosto de 2019. Na época, o presidente Jair Bolsonaro disse que ia trocá-lo por problemas de desempenho, o que foi desmentido pela própria Polícia Federal.

Na terça (12), serão ouvidos os ministros Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional; Braga Netto, da Casa Civil; e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. Os depoimentos serão no Palácio do Planalto. Segundo o Código de Processo Penal, os ministros não têm prerrogativa de dar depoimentos por escrito e, por isso, falarão aos delegados.

Na quarta (13), os depoimentos são da deputada Carla Zambelli, do PSL; do delegado Alexandre Saraiva, nome que Bolsonaro tentou indicar para a superintendência da PF no Rio; e do delegado Carlos Henrique Oliveira de Souza, que comandava a PF no Rio e foi escolhido nesta semana para ser diretor executivo da corporação, um cargo com funções administrativas, sem lidar com investigações.

E na quinta (14), está marcado o depoimento do delegado Rodrigo Teixeira, ex-superintendente em Minas, exonerado após as primeiras conclusões da PF sobre o inquérito da facada em Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018.

Em razão dos cargos que ocupam, os ministros e a deputada Carla Zambelli puderam escolher a data e o local dos depoimentos. Se faltarem sem justificativa, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou que eles sejam conduzidos pela Polícia Federal para depor.

A Advocacia-Geral da União fez um terceiro pedido sobre o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, no Palácio do Planalto. A gravação foi indicada pelo ex-ministro Sergio Moro como uma das provas contra o presidente no inquérito que apura se Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente em investigações da Polícia Federal.

Primeiro, o governo pediu para não entregar o arquivo. Depois, para repassar apenas um trecho do vídeo. Agora, o governo quer saber quem vai ficar responsável pela guarda da gravação da reunião ministerial até o material ser analisado pela Polícia Federal.

O advogado-geral da União, José Levi, pediu que “seja definida, desde logo, a inteira cadeia de custódia do citado registro”. O governo quer também que seja analisada somente a parte relacionada ao inquérito. Ao recorrer três vezes ao Supremo, o Palácio do Planalto confirma que a gravação existe. Nos bastidores, ministros relataram que essa reunião foi uma das mais tensas do governo.

Na tarde da sexta-feira (8), o ministro Celso de Mello solicitou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste em até 24 horas sobre os pedidos da AGU. E na noite, no mesmo dia, o ministro Celso de Mello informou que a Advocacia-Geral da União entregou o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Celso de Mello determinou o sigilo pontual e temporário da gravação e disse que pode tornar o material público em momento oportuno.

Primeiro, Celso de Mello vai analisar os pedidos da AGU, da defesa do ex-ministro Sergio Moro e a manifestação da Procuradoria-Geral da República. A AGU afirma que entregou o vídeo na íntegra, sem edições.

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https://www.osul.com.br/ministros-e-delegados-depoem-na-semana-sobre-a-suposta-interferencia-de-bolsonaro-na-policia-federal/ Ministros e delegados depõem na semana sobre a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal 2020-05-09
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