Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2019
Uma representação foi enviada à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pede providências em relação ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. No documento, Moro entende que o Ministério Público deve apurar supostos crimes de calúnia, injúria e difamação, que teriam sido cometidos por Santa Cruz.
Moro disse, em entrevista, que o presidente da OAB “banca o chefe de quadrilha” no caso da investigação dos hackers que invadiram seu celular. “O comentário repercutiu na esfera subjetiva deste subscritor, em seu sentimento e sendo de dignidade e decoro, visto que também sugere uma conduta arbitrária no exercício das relevantes funções de ministro de Estado e Segurança Pública, de ingerência e interferência na Polícia Federal (PF), acarretando também a tipificação nos crimes de injúria e difamação”, escreveu o ministro.
Felipe Santa Cruz, por sua vez, afirmou que “a analogia utilizada estava acima do tom”, referindo-se ao comentário que proferiu contra Moro. Em nota, disse: “Minha afirmação não teve, em qualquer momento, a motivação de ofender a honra do ministro Sérgio Moro. Ao contrário, a crítica feita foi jurídica e institucional, por meio de uma analogia e não imputando qualquer crime ao ministro”.