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Cláudio Humberto Moro sai do governo para subir no palanque

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A saída de modo espetacular Sérgio Moro do cargo, com direito a pronunciamento em rede nacional, utilizando palavras cuidadosamente escolhidas com uma frase final que mais parece obra de marqueteiro político – “Fazer o certo, sempre” – conduziram as forças políticas de Brasília a concluírem que o ex-ministro da Justiça começou nesta sexta-feira (24) sua campanha a presidente da República, em outubro de 2022.

Acusação política

Na maciota, Moro acusou seu futuro adversário em 2022 dos crimes de coação, falsidade ideológica, prevaricação e obstrução de Justiça.

Mísseis balísticos

O ex-ministro da Justiça também jogou no ar suspeitas contra Bolsonaro por delitos de advocacia administrativa ou corrupção passiva privilegiada.

Azedou faz tempo

A bronca em Moro, na reunião ministerial de quarta (23), que esta coluna revelou e Bolsonaro confirmou, mostrou que a relação estava azedada.

Cacoete de candidato

Moro encerrou seu pronunciamento, agora habitual entre demissionários, prometendo “servir ao país”. Não foi casual, foi promessa de campanha.

Bolsonaro ameniza a crise “plantando” a dúvida

No discurso do fim da tarde, Jair Bolsonaro precisava “plantar a dúvida” para sobreviver à sexta-feira em que seu governo foi desestabilizado pelo ex-ministro da Justiça. De certa maneira, o presidente conseguiu, ao revelar que as “interferências” na Polícia Federal se limitaram a cobrar investigação mais efetiva sobre o crime de facada de que foi vítima, nunca esclarecido, e a tentativa – frustrada pelo filho e detetive amador Carlos Bolsonaro – de envolvimento do seu nome no caso Marielle.

STF como meta

Bolsonaro deixou Moro mal na foto também ao contar que ele pediu para que o ex-diretor da PF ficasse no cargo “até o sr. me indicar para o STF”.

Faltou um tweet

Moro negou haver condicionado a troca na PF à sua indicação ao STF, mas calou sobre o corpo mole na investigação da facada no presidente.

Discurso para a tropa

A avaliação da comunicação do Planalto é que o discurso de Bolsonaro, cercado de ministros, repercutiu bem sobretudo entre seus eleitores.

PT critica Moro

Sobre Moro, o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), disse a esta coluna que o ex-juiz não tem credibilidade para fazer acusações e “atira para se manter no jogo político, onde sempre esteve”.

Inteligência sem espaço

O presidente fez uma afirmação, ainda não esclarecida, sobre a qual o Sérgio Moro também silenciou: disse que o ex-ministro da Justiça fez a inteligência da Polícia Federal perder espaço.

É um terror

Em seu pronunciamento, Bolsonaro acabou revelando, com certa dose de orgulho, que o Filho 04, de 20 anos, “passa o rodo”: ele contou ao pai que saiu com metade das garotas no condomínio onde reside, no Rio.

Eleitor-problema

O ministro Celso de Mello, que mandou Rodrigo Maia desengavetar um processo de impeachment contra Bolsonaro, vai se aposentar em novembro. E sabe que são escassas as chances de gostar do nome, seja quem for, que o presidente escolherá para ocupar sua vaga.

Rotas salvadoras

Bolsonaro parecia preocupado em não ser antagonizado com a Polícia Federal, ao lembrar que deve sua vida também os policiais, que tinham uma “rota de fuga” no momento da facada, em Juiz de Fora.

Obras entregues

O ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) já entregou 12 obras durante a pandemia do coronavírus, incluindo mais de 40km de rodovias, ponte na BR 367 e a sala de embarque do Aeroporto de Navegantes (SC).

Genro bem na fita

Para se adequar às regras e retomar as atividades, a construtora Pride decidiu contratar familiares de funcionários para produzir máscaras de proteção. A ideia surgiu com a contratação da sogra de um engenheiro.

Eleição em 2º plano

Diante da dúvida com relação à realização das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral resolveu que votarão normalmente os 2,5 milhões de eleitores que não fizeram biometria. Assim, não perdem os CPFs.

Pensando bem…

… e olha que a Amazônia ainda nem começou a pegar fogo.

PODER SEM PUDOR

O jeito afável de ACM

ACM apoiou com mão-de-ferro a ditadura, na Bahia. Governador, proibiu uma passeata em solidariedade à greve no ABC paulista, liderada por Lula, o metalúrgico. O valente deputado Elquisson Soares, presidente do PMDB, telefonou a ACM fazendo-lhe um último apelo. Ele negou e ainda provocou: “O que vocês acham da invasão russa no Afeganistão?” Soares respondeu: “Somos contra. Mas também somos contra à repressão no Brasil.” ACM gritou do outro lado da linha: “O quêêê?! Me respeite!” O deputado devolveu: “Me respeite você!” ACM mandou um palavrão (“&*%$#@*&!”), o deputado também (“&*%$#@*&!”) e desligou. A passeata, claro, foi dissolvida à base de pancadaria.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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