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Mundo Morre Vladimir Zelenko, médico norte-americano que promoveu tratamento sem eficácia para covid

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Ele ganhou fama após, em março de 2020, publicar um vídeo endereçado ao então presidente Trump. (Foto: Reprodução YouTube)

O médico ucraniano Vladimir Zelenko, radicado nos Estados Unidos, morreu na última semanaaos 48 anos, em Dallas. Ele ficou conhecido após influenciar o ex-presidente norte-americano Donald Trump a defender o chamado “kit covid”, associação de hidroxicloroquina com azitromicina e zinco, para tratar a doença.

Segundo a publicação, a esposa dele, Rinat Zelenko, revelou que a causa do falecimento foi um câncer no pulmão. O profissional estava internado em um hospital na cidade do Texas.

Zelenko se autointitulava de “médico do interior” e ganhou fama nos Estados Unidos após, em março de 2020, publicar um vídeo endereçado ao então presidente Trump.

Na gravação, o médico detalhou uma “experiência” que vinha desenvolvendo em Kiryas Joel, uma comunidade de 35 mil habitantes em Nova York, onde cuidava dos pacientes com Covid-19, sugerindo a combinação de hidroxicloroquina, azitromicina e zinco a ser usada em infectados de grupos de risco pelo novo coronavírus. O YouTube retirou o vídeo posteriormente por violar as regras da plataforma.

Na época, Zelenko prometeu 100% de eficácia contra a morte e disse ter aplicado o tratamento em 700 indivíduos. Desses, seis precisaram de internação, sendo que dois evoluíram para um quadro de pneumonia, dois necessitaram de intubação e um morreu. A vítima morta, segundo alegou o médico, havia abandonado o método.

Em entrevista ao ex-prefeito de Nova York e advogado de Trump, Rudolph Giuliani, o profissional da saúde declarou que o tratamento reduzia o risco de internação e devia ser ministrado somente em pacientes com mais de 60 anos ou com doenças crônicas, devido aos efeitos colaterais das drogas.

Donald Trump começou a dizer que a hidroxicloroquina era a solução, tratamento que defendeu publicamente durante meses. Ele chegou a afirmar que estaria tomando o coquetel de maneira preventiva. O regulador norte-americano, a FDA, chegou a aprovar, em 28 de março de 2020, o seu uso para emergências.

Mas não foi só nos Estados Unidos que este tratamento ganhou notoriedade. A teoria correu mundo e no Brasil, por exemplo, o presidente Jair Bolsonaro foi um dos seus grandes defensores.

Vários estudos acabariam por refutar a teoria, concluindo mesmo que não só a combinação de fármacos não teria qualquer efeito como até poderia ter consequências nefastas, como o risco de arritmias perigosas.

Em março de 2021, especialistas internacionais do Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) concluíram que o uso da hidroxicloroquina não acontecer como tratamento precoce da Covid-19.

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