Sábado, 17 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de abril de 2023
Em meio a protestos de amigas e familiares, a morte da baiana Emilly Rodrigues, que caiu do 6º andar de um prédio, completou um mês nesse domingo (30). O corpo da brasileira segue na Argentina e não tem previsão de quando será sepultado em Salvador (BA).
Segundo o advogado da família de Emilly Rodrigues, Ignacio Trimarco, o empresário Francisco Sáenz Valiente é investigado por suspeita de feminicídio. Ele chegou a ser preso, mas foi solto, no dia 19, após a Justiça da Argentina entender que não havia razões para mantê-lo custodiado.
A brasileira Juliana Mourão, que também estava presente no momento em que a baiana caiu, foi levada para delegacia, mas não foi presa.
A versão apontada pela defesa do suspeito é que a brasileira estava sob efeitos de alucinógenos e se suicidou. De acordo com o advogado da família da jovem, os resultados dos exames toxicológicos ainda não foram liberados.
O corpo da baiana ainda não foi liberado pela polícia e as investigações seguem no país. A família de Emmily pretende trazer o corpo dela para o Brasil, onde deverá ocorrer o enterro.
Relembre caso
Na noite do dia 29 de março, a brasileira Juliana Magalhães Mourão, de 37 anos, levou Emmily a um jantar com Francisco e outros amigos em Buenos Aires;
Depois do jantar, Emmily, Juliana, Francisco e uma terceira mulher foram para o apartamento do empresário, em uma área nobre da cidade;
Em 30 de março, um morador do prédio ligou para a polícia informando a presença de um corpo nu no andar térreo;
O empresário dono do apartamento, Francisco Sáenz Valiente, e Juliana Mourão foram levados pela polícia;
Juliana foi solta momentos depois, mas segue sob investigação, Francisco Sáenz Valiente foi preso;
Em depoimento à polícia, Francisco Sáenz Valiente disse que a brasileira se jogou da janela;
No dia 3 abril, o advogado da família de Emmily informou que o caso é tratado como feminicídio na Argentina;
Em 4 de abril, Aristides Rodrigues, pai de Emmily, deu entrevista à TV Bahia. Ele contestou a versão de suicídio e disse que o empresário e Juliana apresentavam marcas de arranhões;
Amigas de Emmily afirmaram que há tentativa de difamação contra a brasileira no país. Elas também não acreditam na versão de suicídio ou surto psicótico, que foram apresentadas pelo empresário. Segundo elas, Emmily não usava drogas e bebia pouco;
No dia 6 de abril, um áudio que faz parte dos anexos da investigação foi divulgado pela família de Emmily. A baiana aparece gritando por socorro ao fundo de uma ligação feita por Francisco Sáenz ao serviço de emergência da cidade;
Em 16 de abril, o pai de Emmily desmentiu a informação de que a família teria recebido carta manuscrita do suspeito. O caso segue sendo investigado pela polícia;
Em 19 de abril, o suspeito foi solto após determinação judicial;
Em 21 de abril, as amigas da vítima protestaram na frente da embaixada brasileira em Buenos Aires.