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Política Mourão diz que desmatamento foi além do aceitável na região amazônica

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Queimadas tiveram redução de 20% no 1º semestre, disse vice-presidente.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Aqui não há briga. Existem opiniões que ora coincidem e ora não, mas quem decide é o presidente e ele foi eleito para isso”, declarou Mourão. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira (13) que o desmatamento na Amazônia está além do limite aceitável e defendeu um combate efetivo do problema na região.

“A gente não nega que houve desmatamento além daquilo que pode ser considerado como aceitável, ou seja, dentro dos 20% de cada propriedade rural e fora das unidades de conservação e terras indígenas”, afirmou durante um debate virtual promovido nas redes sociais.

Mourão lembrou que o desflorestamento e as queimadas na região vêm sofrendo uma escalada desde 2012 e atingiu um pico no ano passado, o que motivou uma reação internacional.

“De 2012 pra cá, nós entramos em uma ascensão do desmatamento, e consequentemente das queimadas, que se sucedem após a área desmatada, até que ano passado tivemos uma alta bem grande do desmatamento e que chamou a atenção do mundo a esse respeito”, destacou. Para o vice-presidente, que desde fevereiro está à frente do Conselho da Amazônia, o governo federal herdou um problema de gestões anteriores com a falta de funcionários nos órgãos ambientais.

“Isso vem ocorrendo porque as nossas agências ambientais foram perdendo a sua capacidade operacional. Nós recebemos, no nosso governo, tanto o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] como o ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade], com 50% do seu efetivo. E o efetivo que sobra não está destinado totalmente para a Amazônia, esse pessoal está espalhado em outras áreas do Brasil.”

Na semana passada, Mourão se reuniu com empresários brasileiros e investidores estrangeiros que cobraram ações mais efetivas para conter o desmatamento na Amazônia. Em junho, o governo federal chegou a receber uma carta de grupos empresariais internacionais com críticas à política ambiental e em que condicionavam os investimentos no país ao aumento, pelo governo, do controle do desmatamento e das queimadas na Amazônia.

Um novo decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicado na última sexta-feira (10) no Diário Oficial da União, prorrogando a presença das Forças Armadas na Amazônia Legal até 6 de novembro para atuar em operações de fiscalização e repressão de atividades ilegais de desmatamento e queimadas.

Desmatamento em 2020

Durante a entrevista para a Genial Investimentos, o vice-presidente também comentou a perspectiva para o desmate neste ano que, segundo ele, deverá ser parecido com o do ano passado.

“Nós devíamos ter começado o combate ao desmatamento em dezembro do ano passado, ou no mais tardar, em janeiro deste ano. Fomos começar agora em maio, o conselho [da Amazônia] foi criado só em fevereiro, até que a gente conseguisse se organizar”, explicou. Apesar de uma perspectiva de desmatamento em patamares elevados, Mourão destacou uma queda nos focos de queimada no primeiro semestre deste ano, segundo medições do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

“Em termos de desmatamento [esse ano] não será melhor, agora em termos que queimada, sim. Dados de hoje do Inpe colocam que nós tivemos uma redução de 20% em relação ao primeiro semestre do ano passado, isso é uma redução significativa e estamos atingindo um dos menores índices de queimada dos últimos anos.”

Demissão

Nesta segunda o governo exonerou a coordenadora-geral de Observação da Terra do Inpe, Lubia Vinhas. Assinada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, a exoneração foi publicada no Diário Oficial da União. A área comandada por Lubia Vinhas tinha, entre outras atribuições, a de monitorar a devastação da Amazônia, por meio do sistema de Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real).

Em nota, o ministério esclarece que a exoneração já estava prevista. Confira:

“O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) esclarece que a exoneração da Dra. Lubia Vinhas publicada no Diário Oficial da União é parte de sua realocação do cargo de Coordenadora-Geral da CGOBT para o cargo de Chefe da Divisão de Projeto Estratégico, a ser criado no âmbito da reestruturação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que está sendo executada em sintonia com o MCTI.

A reestruturação que será apresentada em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (14), tem o objetivo de buscar sinergias e otimizar os recursos humanos e de infraestrutura do Instituto para um funcionamento mais eficiente. A Dra. Lubia Vinhas tem participado desse processo e está de acordo com as mudanças, que eram previstas e não tem qualquer relação com a produção e a divulgação dos dados de desmatamento, que continuarão a seguir os mesmos procedimentos com qualidade e transparência.

Nesta terça-feira (14) será realizada uma coletiva de imprensa na sede do MCTI, em Brasília, para apresentar a nova estrutura do Inpe, com a participação do ministro do MCTI, astronauta Marcos Pontes, e o diretor do Inpe, Darcton Damião.”

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https://www.osul.com.br/mourao-diz-que-desmatamento-foi-alem-do-aceitavel-na-regiao-amazonica/ Mourão diz que desmatamento foi além do aceitável na região amazônica 2020-07-13
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