Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2017
A atendente Luciene Anselmo de Faria, 30 anos, passou por uma cirurgia que reconstruiu o seu maxilar. “As pessoas me chamavam de monstro e os meus amigos diziam que eu não conseguiria fazer o tratamento. Hoje, no entanto, eu sou uma nova mulher e mais feliz”, disse ela em Santos (SP), onde foi realizado o procedimento.
Moradora de Peruíbe, também no Litoral paulista, ela nasceu com uma malformação e deficiência no crescimento da mandíbula, uma síndrome chamada pelos médicos de microssomia hemifacial. Ao procurar ajuda, dentistas se mobilizaram para oferecer um tratamento gratuito.
Por causa da aparência, ela conta que era ridicularizada na escola, e que nunca conseguiu encontrar um emprego para poder se sustentar. “Eu decidi procurar um médico quando minha então sogra falou para o meu ex-marido: ‘Para que, meu filho, tanta mulher bonita na rua e você arrumou justo ela, cheia de defeito?’”.
Luciene foi atendida, inicialmente, em uma associação, que a encaminhou ao cirurgião-dentista Alessandro Silva, especializado em traumatologia bucomaxilofacial. Ele verificou a gravidade do caso e a impossibilidade da paciente arcar com os custos. Com o ortodontista Marcelo Quintela, ele encontrou uma solução.
“Ela entrou no meu consultório, pela primeira vez, chorando, mas vimos que era possível fazer algo. Unimos profissionais e iniciamos o tratamento para preparar a paciente para a cirurgia”, conta Quintela. A partir de doações, foi possível bancar um plano de saúde a ela, com custo mensal aproximado de 500 reais.