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Política Na Delegacia de Homicídios do Rio, o delegado Rivaldo recebia vantagens para não apurar mortes do jogo do bicho

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Barbosa é acusado de planejar os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

No relatório final das investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, a Polícia Federal (PF) citou indícios de que, pelo menos no período em que foi delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), Rivaldo Barbosa recebia vantagens indevidas da contravenção para não investigar as mortes decorrentes de disputas territoriais para exploração do jogo do bicho.

Rivaldo foi preso no domingo (24), acusado de envolvimento no assassinato da vereadora. Ele é acusado de ter participado do planejamento do crime e trabalhado para que o mesmo não fosse elucidado. Além de Rivaldo, foram presos os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes.

Segundo levantamento da PF, Rivaldo atuou diversas vezes para engavetar investigações de homicídios. Ele foi lotado na Divisão de Homicídios em janeiro de 2012. Em outubro de 2015, foi para a Delegacia de Homicídios da Capital. Em maio de 2016, retornou para a Divisão de Homicídios. Às vésperas da morte de Marielle e Anderson, em 12 de março de 2018, foi nomeado chefe de Polícia.

Em um dos indícios de corrupção, o miliciano Orlando Curicica afirmou, em depoimento, que sofreu extorsão junto com sua mulher na Delegacia de Homicídios. Na época em que Rivaldo era chefe da DH, uma quantia de R$ 20 mil teria sido entregue a um subordinado do delegado para que um crime de porte de arma de fogo não fosse imputado a ela.

Sumiço de inquéritos

Em depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em abril de 2019, Marcelle Souza, filha de Marcos Falcon, revelou que o delegado responsável pelo caso do assassinato do seu pai, Brenno Carnevale, externou descontentamento com as ingerências de Rivaldo na investigação.

Ele teria lhe dito que, diante de novas descobertas sobre o caso, era para “não mexer em nada e passar diretamente para ele”. Além disso, Brenno teria revelado a Marcelle o sumiço repentino dos procedimentos apuratórios atrelados a Falcon e Pereira que estavam em sua carga de inquéritos.

Em outro episódio, foi retirado o inquérito envolvendo a morte de Haylton Escafura, filho do contraventor conhecido como Piruinha, sem explicações. No inquérito envolvendo Haylton, a PF destacou que, apesar do potencial para ser solucionado, a investigação não avançou.

Segundo a PF, Rivaldo atuou diversas vezes para engavetar investigações de homicídios

Zé Personal

O inquérito envolvendo o homicídio de José Luis Lopes, o Zé Personal, decorrente da disputa pelo espólio da contravenção de Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, também foi marcado por “inefetividade”, tendo sido percebida gravíssima “omissão deliberada” do promotor de Justiça Homero de Neves.

Por fim, o homicídio contra o miliciano Geraldo Pereira também foi criticado por não apresentar resultados.

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