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Mundo Na fábrica da Boeing, robôs decepcionam e humanos são chamados para a montagem de avião

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Fabricante norte-americana avalia que a automação ainda não dá conta de todos os processos. (Foto: Divulgação/Boeing)

Após quatro anos de tentativas, a gigante norte-americana Boeing desistiu de uma de suas incursões mais ambiciosas na automação: os robôs que constroem as duas seções principais da fuselagem dos jatos 777 e uma versão atualizada, denominada “777-X”. Agora, a fabricante de aviões com sede em Chicago, no Estado de Illinois (EUA), vai contar com mecânicos qualificados para inserir manualmente os prendedores nos orifícios perfurados ao longo da circunferência do avião.

Para isso, lançará mão de um sistema conhecido como “ferramenta de automatização flexível”, aperfeiçoado durante anos de uso no modelo “787 Dreamliner”. A mudança para o novo sistema “homem + máquina” começou durante o segundo trimestre deste ano e deve ser concluída até o fim de dezembro, disse o porta-voz da Boeing, Paul Bergman, por meio de um comunicado distribuído à imprensa.

De acordo com fontes ligadas à empresa, a Boeing não planeja qualquer mudança em sua equipe total para os jatos 777, fabricados em Everett (Washington), cerca de uma hora ao norte da cidade de Seattle. “A solução de ferramenta flexível se mostrou mais confiável, exigindo menos trabalho manual e menos trabalho dobrado do que a capacidade dos robôs”, ressaltou um técnico ligado à fabricante.

Por mais tentador que seja o processo de automação (com a promessa de uma força de trabalho mecanizada que nunca fica doente, cansada ou com fome), fabricantes identificam muitos casos em que a tecnologia não consegue igualar a destreza, a criatividade e a precisão das mãos e olhos humanos.

Como no famoso caso da Tesla, que tentou construir uma fábrica de automóveis totalmente automatizada em Fremont, na Califórnia, mas teve que instalar uma barraca do lado de fora para acelerar a produção com trabalho manual.

Crise

Especialistas do segmento de aviação civil avaliam que a Boeing vive a sua pior crise, cenário reforçado pelas incertezas em torno do retorno do “737 Max”, passado um ano desde que a queda de uma aeronave desse tipo, na Indonésia, matou 189 pessoas.

Ocorrido em 29 de outubro de 2018, o acidente – primeiro com o modelo, então recém-lançado – ocorreu 12 minutos após a decolagem de um voo da companhia Lion Air no aeroporto de Jacarta, na Indonésia. O avião despencou sobre o mar de Java, sem deixar sobreviventes.

Desde então, uma outra queda em circunstâncias semelhantes elevou para 346 o número de mortes em acidentes envolvendo o “737 Max”, que teve os voos suspensos em março e protagoniza o que muitos consideram o momento mais crítico da Boeing em 103 anos de atuação.

Enquanto a empresa viu seu lucro operacional despencar 97% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período de 2018, relatos internos de funcionários e relatórios de órgãos especializados apontaram negligência da Boeing durante o processo de certificação do Max.

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https://www.osul.com.br/na-fabrica-da-boeing-robos-decepcionam-e-humanos-sao-chamados-para-a-montagem-de-aviao/ Na fábrica da Boeing, robôs decepcionam e humanos são chamados para a montagem de avião 2019-11-17
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