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Armando Burd NA FAIXA DE ALTO RISCO

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A inflação de janeiro de 1986 atingiu 16,2 por cento, batendo recorde histórico. O acumulado de 12 meses chegou a 238,27 por cento, índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas.

Os jornais de 27 de janeiro informaram que “o governo considerou o resultado exageradamente alto e intolerável para a política econômica. Mas não estudava nenhuma medida adicional para combater a inflação”.

Conversa fiada: no laboratório do Ministério da Fazenda misturavam ingredientes para lançar o Plano Cruzado a 26 de fevereiro do mesmo ano.

As principais medidas contidas foram:

* congelamento de preços de bens e serviços, além da taxa de câmbio e dos salários;

* reforma monetária com o desaparecimento do cruzeiro e a criação do cruzado;

* instituição de tabela de conversão, transformando as dívidas contraídas numa economia descontrolada para um patamar de inflação que pretendia ser nula.

No final de 1986, o Plano Cruzado começou a naufragar. Entre os motivos apontados estavam:

* a falta de medidas econômicas por parte do governo para controlar os gastos públicos;

* o congelamento da taxa de câmbio, que levou o país a perder  parcela considerável de reservas internacionais;

* os juros reais da economia estavam negativos, algo que desestimulava a poupança e pressionava o consumo.

QUADRO ATUAL

Em janeiro de 2015, a inflação projetada até dezembro era de 4,5 por cento. Só passou a ter alterações em junho, quando subiu para 6,5 por cento. Chegou a 11 por cento.

No começo deste mês, a previsão é de que a inflação de 2016 ficará em 7 por cento. Dias depois, houve alteração para 7,23 por cento.

O que ocorreu há exatos 30 anos precisa levar o governo a se precaver para evitar que o aumento de preços se torne incontrolável. A inflação é o tributo mais alto que o governo pode impor sobretudo aos assalariados: começam o mês com um valor no bolso e passam a correr para que a elevação dos preços não consuma tudo antes que chegue o dia 30.

Se a presidente Dilma Rousseff tiver a humildade de reatar pontes com o Congresso e, além disso, dialogar com empresários e empregos, abrirá a possibilidade de evitar o pior. Todos os índices econômicos e financeiros, infelizmente, apontam para o avanço de inflação.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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