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Brasil Delator da Odebrecht virou showman durante as audiências da Operação Lava-Jato

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Para sorte dele, seus interrogadores pareceram não se incomodar com as piadas do delator. (Foto: Reprodução)

Hilberto Mascarenhas, um dos 78 executivos da Odebrecht que estão colaborando com as investigações da Operação Lava-Jato, é um delator bem-humorado. Risadas, provocações e ironias aparecem aos montes ao longo dos depoimentos que ele prestou em dezembro do ano passado. Ninguém escapava. Entre seus alvos estão políticos, empresários, e até mesmo seus chefes e os procuradores da Lava-Jato. Para sorte dele, seus interrogadores pareceram não se incomodar com as piadas e até embarcaram em algumas de suas brincadeiras.

Em 15 de dezembro, Hilberto, que chefiava o chamado “departamento da propina” da empresa, explicava como funcionava o pagamento de bônus não contabilizados a executivos da após Odebrecht. Após vários questionamentos, um dos investigadores demonstra entender o que Hilberto disse. O delator então brincou: “Exatamente. Fico feliz que o senhor tenha entendido.” “Obrigado. A gente consegue de vez em quando”, devolveu o interrogador.

No mesmo dia, ao fim de um de seus depoimentos, ninguém na sala demonstrou interesse em fazer questionamentos. Hilberto não se segurou e fez uma pergunta para uma mulher presente na sala. “Pergunte. Pergunte. A senhora está curiosa para perguntar” disse, aos risos.

Em 14 de dezembro de 2016, ele fez planos para o futuro, e expressou o desejo de se livrar da tornozeleira eletrônica. “Eu quero curtir a minha vida quando vocês tirarem esse negócio do meu pé e eu poder viajar.”

No mesmo dia, ao ser questionado sobre onde morava o empresário Samir Assad, preso durante a Operação Lava-Jato, Hilberto respondeu de forma séria que ele vive em São Paulo e levou um copo d’água à boca para beber, mas interrompeu o movimento e emendou: “Hoje ele tá morando na Papuda, parece.”

Outra pessoa citada no depoimento mereceu tratamento mais carinhoso. Em 15 de dezembro, ao ser indagado sobre o nome de uma planilha intitulada “Italiano”, ele explicou que se tratava do ex-ministro Antonio Palocci, a quem chamou de “nosso”. “A partir de um codinome que foi criado de Italiano para o nosso Palocci”, contou Hilberto.

 

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