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Mundo Não é a primeira vez que um voo da Air India que partiu de Dubai termina em tragédia

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Aeronave da Air India Express ultrapassou a pista durante pouso no aeroporto de Calicute. (Foto: Reprodução)

O acidente com o Boeing indiano, que vitimou, na última sexta-feira (7), ao menos 17 pessoas, não é o primeiro do tipo a voar de Dubai e sofrer um acidente no pouso.

Na verdade, o Boeing 737-800 que se acidentou em Calecute tem muitas similaridades com o pior acidente da Índia, ocorrido em 2010 com outra aeronave da mesma empresa, num voo também originado em Dubai. Nesse, o avião também saiu da pista, que também ficava num platô, vindo a cair num barranco adjacente.

Era 22 de maio de 2010, e o 737-800 VT-AXV saiu de Dubai rumo à Bangalore (233km distante de Calecute). Naquele dia, ao contrário de atualmente, o tempo estava bom e o avião seguiu para uma aproximação que não deveria representar problemas.

No entanto, o avião fez uma aproximação destabilizada, vindo muito alto para pouso na pista de 2.400 metros de comprimento. Sem conseguir controlar a máquina, o copiloto pediu ao comandante (que estava pilotando a aeronave efetivamente) que arremetesse, segundo mostra o relatório da investigação.

Este pedido foi feito três vezes, mas negado pelo piloto do lado esquerdo. Com isso, a aproximação continuou e o comandante fez um pouso bem distante da área de toque: 1.600 metros à frente da cabeceira (lembrando que a pista tem 2.400 metros e, portanto, teria apenas 800 metros para parar a aeronave).

Após tocar as rodas no chão, o comandante acionou os reversos e aplicou o máximo de freios. Porém, ao ver o fim da pista chegando, decidiu abortar o pouso, retirou o reverso e acelerou de novo o Boeing. Foi em vão. Com isso a aeronave consumiu mais pista ainda, não obteve velocidade suficiente para decolar e caiu no barranco à frente, matando 158 pessoas e ferindo outras oito, num dos piores acidentes aéreos da história da Índia.

Uma investigação foi aberta após o acidente, que revelou que, além dos pedidos desesperados do copiloto, o comandante havia dormido durante 1h30 (das 3h30 do voo), e que acordou pouco antes da aproximação, ainda estando sonolento.

Diversas recomendações foram emitidas, para evitar um novo acidente, falando sobre mudanças na empresa e também na estrutura do aeroporto. Porém, uma das reclamações que perdura até atualmente é que quase nada mudou desde então.

Impactos

As autoridades indianas ensaiavam há anos a saída de pista de um avião no perigoso aeroporto de Calicute, mas Fazal Puthiyakath não estava preparado para o “sangue e a morte” reais. O empresário de 32 anos e seus vizinhos foram os primeiros a chegar no barranco de 10 metros de profundidade onde parou o avião da Air India Express depois de deixar a pista no meio de uma forte tempestade na sexta-feira à noite.

Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 120 ficaram feridas. Puthiyakath e outras pessoas saíram correndo quando ouviram o barulho que soou como “uma explosão”. “Só ouvíamos gritos. As pessoas estavam cheias de sangue por toda parte, algumas tinham fraturas, outras estavam inconscientes”, disse ele à AFP. O impacto foi tão brutal que o bico do Boeing 737 acabou a cerca de 20 metros da traseira.

Os dois pilotos perderam a vida e os socorristas afirmam que o número de mortos poderia ter sido muito maior se o avião tivesse pegado fogo. O aeroporto de Calicute, no estado de Kerala, no sul da Índia, é considerado perigoso devido ao declive no final da pista.

“Vi exercícios de simulação à distância. As autoridades aeroportuárias realizam com aviões antigos”, contou Puthiyakath. “Mas você percebe que não importa o quão preparado está, é completamente diferente no terreno quando você vê sangue e morte ao redor”, opinou.

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