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| “Não fique em casa esperando a falta de ar”, diz o general Pazuello ao tomar posse em definitivo no Ministério da Saúde

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Na terça, em reunião com governadores, Pazuello disse que a vacinação no Brasil começaria no fim de fevereiro. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Em seu primeiro discurso após ser efetivado como titular da Saúde, o general Eduardo Pazuello pregou a necessidade de diagnóstico precoce no tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus e disse que as pessoas não deveriam ficar em casa “esperando a falta de ar”.  O novo ministro também criticou o isolamento social. Na mesma linha, o presidente Jair Bolsonaro usou a solenidade, no Palácio do Planalto, para defender suas decisões na condução da crise da covid-19, que contrariaram orientações de autoridades sanitárias em todo o mundo.

Bolsonaro pregou novamente o uso da cloroquina, criticou a adoção do isolamento social e governadores que adotaram a quarentena, além do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O slogan “Fique em Casa” foi criado na gestão de Mandetta, demitido em abril, após vários embates com o presidente.

Pazuello é o terceiro titular da Saúde do governo Bolsonaro. Passou a comandar o ministério após a saída de Nelson Teich, que ficou menos de um mês à frente da pasta, e da demissão de Mandetta. Em maio, quando o general assumiu a Saúde de forma interina, o Brasil registrava 14,8 mil mortes por covid-19. Nesta quarta-feira (16), quando tomou posse como ministro, já estava em mais de 134 mil. O número não foi citado na cerimônia.

O ministro afirmou que o “Fica em Casa” não era o melhor remédio. “O aprendizado, ao longo da pandemia, nos mostrou que quanto mais cedo atendermos os pacientes, melhor. O tratamento precoce salva vida. Por isso, temos falado dia após dia: ‘Não fique em casa esperando falta de ar. Procure um médico logo após os primeiros sintomas’”, destacou Pazuello, ao assegurar que o governo está “preparado” para enfrentar o período posterior à pandemia.

De acordo com o ministro, o governo avalia várias vacinas, e não apenas aquela que foi produzida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca. “Não medimos esforços na busca da vacina. Uma vacina segura e comprovadamente eficaz o mais rápido possível e para todos os brasileiros. A solução definitiva virá com as vacinas e as medidas serão tomadas.”

Bolsonaro, por sua vez, disse que a pandemia poderia ter sido tratada de forma diferente e criticou o fechamento do comércio e das escolas. “Eu não sou palpiteiro, eu converso com meus ministros e, na maioria das vezes, de forma reservada, onde procuramos nos acertar. Com o ministro da Saúde anterior nada foi resolvido nas nossas conversas. Eu aprendi que pior que uma decisão mal tomada, é uma indecisão”, afirmou ele, defendendo o uso da cloroquina.

Foi nesse momento que Bolsonaro citou divergências com Mandetta. “O primeiro problema com o primeiro ministro (Mandetta) foi a questão da nossa conhecida hidroxicloroquina. Aceito mesmo não sendo médico qualquer crítica a ela, mas por parte de pessoas que possam apresentar uma alternativa”, disse. Bolsonaro também criticou a imprensa, chamada por ele de “mídia catastrófica”.

Por fim, o presidente também fez sinalizações políticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, com quem tem tido atritos nos últimas semanas. Elogiou, por exemplo, medidas de isenção de impostos de medicamentos, como os com base em vitamina D, adotadas com o aval de Guedes. “Quero cumprimentar a equipe econômica desse ministro Paulo Guedes, que tomou uma série de medidas para conter os empregos no Brasil. Parabéns, Paulo Guedes, parabéns à nossa equipe de ministros”, afirmou.

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