Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Armando Burd Não há dinheiro que chegue para sustentar o rombo

Compartilhe esta notícia:

O placar eletrônico Jurômetro, às 22h30min de ontem, com o total pago pelo governo federal para rolar sua dívida. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A previsão total de receita do governo do Rio Grande do Sul este ano para manter as folhas de pagamento, juros da dívida, custeio e demais encargos é de 61 bilhões e 159 milhões de reais. Informação do item Transparência no site da Secretaria da Fazenda.

Hoje pela manhã, o placar eletrônico Jurômetro atinge o mesmo valor. Resumo: nos primeiros 80 dias de 2020, o governo federal pagou, só de juros para rolar sua dívida, o equivalente à arrecadação anual do Rio Grande do Sul.

Situação difícil

A prioridade é a preservação de vidas, mas os efeitos da pandemia atingirão a saúde financeira do governo federal, que já andava debilitada. A previsão do déficit para este ano era de 124 bilhões de reais e subirá para 200 bilhões, conforme previsão feita pelo Tesouro Nacional. Salto de 76 bilhões de reais em consequência da queda de arrecadação de tributos, dos gastos extraordinários para garantir recursos ao Ministério da Saúde e da ajuda na renda da população.

Peso imprevisto que vai desequilibrar mais ainda a planilha de investimentos do governo federal.

A conta verdadeira

No déficit de 200 bilhões não ficam incluídos os juros pagos pelo governo federal para rolar sua dívida, que ultrapassa 4 trilhões e 200 bilhões.

No ano passado, só de juros, o Ministério da Fazenda pagou 330 bilhões. Aliás, não dá para entender o motivo pelo qual separam as contas. O rombo não ficará abaixo de 530 bilhões de reais.

Nas alturas e tranquilos

Só os norte-americanos não se preocupam com sua dívida pública, em torno de 21 trilhões de dólares, a mais alta do mundo, e o pagamento de juros.

Em 1986, o presidente Ronald Reagan, em tom de brincadeira, explicou: “Não estou tão apreensivo com o déficit. Ele já é bastante grande para cuidar de si mesmo.”

Nadando na riqueza

Em Washington, uma máquina do Escritório de Gravação e Impressão do Banco Central produz milhões de dólares por dia em cédulas. São 800 funcionários, trabalhando 24 horas em turnos seguidos, sete dias por semana. Eles põem à disposição do governo norte-americano a divisa mais importante do mundo.

Pista livre

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, só não será candidato a governador do Mato Grosso do Sul em 2022 se não quiser.

Seu primo, senador Nelson Trad, foi atingido pelo Covid-19.

Há cinco anos

Bill Gates, em 2015, fez uma palestra na plataforma Ted Talks intitulada A próxima epidemia? Não estamos preparados! Referiu-se ao temor da sociedade acerca da próxima tragédia global. Alertou que não se trataria de uma nova guerra mundial. “O mais provável é que nas próximas décadas surgirá um vírus altamente contagioso. Não mísseis, mas micro-organismos”, disse. Sua previsão chegou antes.

Impensável

O crime de epidemia está previsto no artigo 267 do Código Penal Brasileiro. Consiste em causar danos, mediante a propagação de germes patogênicos. A pena é de 10 a 15 anos de reclusão.

Em busca da segurança

A votação remota no Senado, ontem, foi exitosa e sem margem a qualquer dúvida. Trouxe à lembrança, porém, episódio de fraude ocorrido em 1998 na Câmara. Deputados com senhas alheias aproveitavam cadeiras vazias ao lado para votar mais de uma vez. Fotógrafos de jornais, que estavam nas galerias, flagraram. Quando houve a publicação, alguns parlamentares disseram que era um procedimento comum. Denunciados ao Conselho de Ética, foram punidos e receberam a denominação de deputados pianistas.

Prende e solta

A 21 de março do ano passado, Michel Temer foi preso quando saía de casa em São Paulo, sob acusação de liderar organização criminosa que atuava há 40 anos. Segundo o Ministério Público Federal, estava envolvido em crime de formação de cartel e pagamento de propina a executivos da Eletronuclear. Foi liberado quatro dias depois por decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Tema consagrado

Em 1972, Vinicius de Moraes e Toquinho compuseram São Demais os Perigos Desta Vida.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Armando Burd

A semana em que nos despedimos de Sheun Ming Ling, pai do ciclo agroindustrial da soja no Brasil.
Isso também passa
https://www.osul.com.br/nao-ha-dinheiro-que-chegue-para-sustentar-o-rombo/ Não há dinheiro que chegue para sustentar o rombo 2020-03-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar