Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, está fardado e de apito na mão para um treino coletivo com 20 governadores que figuram na série B do campeonato brasileiro das finanças públicas. Na preleção, condenará a tática do toma lá dá cá, costumeiro do Congresso, que aumenta o endividamento. Em campo, ensaiará jogadas para concretizar o pacto fiscal e reformar a Previdência.
Vai continuar
O futuro governador Eduardo Leite não desistirá da tarefa de convencer os deputados estaduais a votarem contra o reajuste salarial dos funcionários públicos, excetuando os do Poder Executivo.
Fotografando o fundo do poço
A primeira reunião para a transição de governo ocorre hoje de manhã no Centro Administrativo do Estado. Tema principal da pauta: a administração da pobreza.
Desnível
A Secretaria do Tesouro Nacional confirmou, ontem, que o Espírito Santo foi o único Estado da Federação a receber a nota A, considerada máxima na avaliação da capacidade de pagamento. O secretário da Fazenda é Bruno Funchal. O resultado justifica o convite de Eduardo Leite para que ele viesse ao Rio Grande do Sul assumir o mesmo cargo.
Recusou
O Rio Grande do Sul está entre os que têm o pior desempenho em suas contas, sendo enquadrado no nível D. Deixar um Estado que navega tranquilo para assumir uma nau em mar tempestuoso poderia provocar desconfiança. Funchal pode ser corajoso, mas não tanto.
Subindo
O placar eletrônico Jurômetro registrava, ontem à noite, 397 bilhões e 790 milhões de reais. Valor pago pelo governo federal para rolar a dívida pública desde 1º de janeiro deste ano.
Quebra formalidades
Repórteres, que acompanham a movimentação de visitantes na portaria do condomínio onde mora o presidente eleito, colhem e anotam: Jair Bolsonaro recebe embaixadores de sandálias e grava vídeos numa mesa da copa de sua casa. Quando há necessidade, vai buscar dinheiro em um caixa eletrônico e aproveita para jogar na Mega-Sena.
Isso, só para começo de conversa.
Está decidido
Integrantes do 1º escalão e assessores, que acompanham as reuniões de Bolsonaro, dizem que poderá haver revisão de algumas medidas anunciadas. A única que manterá, sem qualquer recuo, será o uso da tesoura nos salários de presidentes e diretores estatais.
Gostam de atrapalhar
Há explicações para o quadro desanimador da mão de obra sobrando, conforme dados divulgados pelo IBGE. Algumas deles: os governos com obstáculos burocráticos afugentam empresários, investimentos produtivos, negócios, geração de riquezas e empregos formais.
Os administradores que assumirão em janeiro poderiam assinar declaração pública de que haverá mudanças profundas.
Sem eco
Há dois anos, a ministra Cármen Lúcia declarou: “O custo de um presidiário chega a 2 mil e 400 reais por mês, enquanto o de um estudante do ensino médio, 2 mil e 200 reais por ano. Manter um detento é 11 vezes mais caro do que um aluno da rede pública”.
Ninguém percebeu e reagiu com iniciativas para reverter.
Metralhadora gira
José Dirceu coleciona adversários no PT. Antonio Palocci entrou na lista: “É aquele que enriqueceu e delatou”.
Pensamento único
O que acontece nas salas de aula ganha novo ingrediente: o governador reeleito do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, publicou decreto, garantindo que os professores podem expressar seus pensamentos e opiniões. Considerando o grau de permeabilidade no ensino médio, entende-se como doutrinação livre.
Situação caótica
A partir de janeiro, será preciso afixar de novo cartazes nas portas de várias Secretarias da Fazenda: vende-se o almoço para pagar o jantar.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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