Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2022
O rompimento entre Kylian Mbappé e Paris Saint-Germain ganha contornos de uma crise mais profunda do que se imaginava. Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (12) pelo jornal LeParisien, Neymar está convencido de que o companheiro pediu sua saída do clube, “o que prejudicou uma relação já conturbada entre os dois”.
A informação vem à tona após a apuração publicada pela ESPN na última terça-feira, sobre o francês estar decidido a deixar o PSG em janeiro de 2023 após romper relacionamento dentro do Parque dos Príncipes.
“O desentendimento cordial deles [Neymar e Mbappé] pesa no vestiário e às vezes retarda o treinamento de Christophe Galtier em campo”, publicou o jornal.
A bomba acontece apenas cinco meses após que o craque assinar a renovação de seu contrato com os franceses, em um vínculo até junho de 2025. Fontes disseram à ESPN que o atacante se sente em desacordo com a direção, dentro e fora do campo.
Mbappé acredita que promessas feitas por Luis Campos, diretor de futebol, pelo técnico Christophe Galtier e Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG, não foram cumpridas.
De acordo com o LeParisien, a frustração do atacante chegou ao limite por precisar atuar em uma função que não gostaria na equipe, o que acontece após o clube não ter contratado uma das promessas feitas a Mbappé durante as negociações para a renovação de contrato: Robert Lewandowski, que foi parar no Barcelona.
A reportagem revela que o Paris Saint-Germain pretendia arrecadar 150 milhões de euros (algo em torno de R$ 770 milhões) com as saídas de nomes sem espaço no elenco para buscar reforços no mercado, com os alvos já definidos: além do centroavante polonês, Bernardo Silva (Manchester City), Wesley Fofana (agora no Chelsea) e Milan Skriniar (Inter de Milão) foram ‘prometidos’ a Mbappé.
Além de nenhum deles ter sido contratado, o clube francês ainda buscou jogadores de menor expressão como Carlos Soler (Valencia) e Fabian Ruiz (Napoli).
Não ter um centroavante ao lado fez Mbappé explodir mais uma crise no Paris Saint-Germain.
Após o empate em 0 a 0 diante do Reims, no último sábado (08), Mbappé publicou uma foto no Instagram em que se podia ler na legenda a mensagem ‘pivotgang’ (gangue do pivô). Isso foi interpretado nos bastidores do PSG como uma provocação ao técnico Christophe Galtier, que tem escalado o atacante em uma função mais centralizada, como uma espécie de falso 9.
A teoria ganhou ainda mais força após a declaração do camisa 7 na última Data Fifa, quando justificou sua boa atuação diante da Áustria, quando fez um dos gols da vitória da França por 2 a 0, à maior liberdade para flutuar no ataque dos Bleus.
“Eu jogo diferente. Me pedem outras coisas aqui em relação ao meu clube. Tenho muito mais liberdade. O treinador sabe que há um camisa 9 como Olivier (Giroud), que ocupa as defesas e eu posso andar por aí e ir pelos espaços. No Paris é diferente, não tem isso. Me pedem para fazer o pivô, é diferente”, disse Mbappé, em meados de setembro.
Ainda citando a reportagem do LeParisien, “nada está acontecendo agora entre PSG e Mbappé” e o atacante não tem dirigido seu desgosto ao técnico Christophe Galtier e ao diretor Luís Campos. Mesmo assim, a decisão do jogador parece ser irreversível sobre deixar a França na próxima janela de transferências.
“Para Mbappé, a imagem pública [de criar polêmicas no clube] conta menos do que o sentimento de ter sido traído”, concluiu o jornal. As informações são da ESPN.