Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Flavio Pereira | 11 de outubro de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Este colunista traz hoje à reflexão dos seus leitores, um olhar mais amplo sobre esta informação, que vem ganhando espaço em todo o País. A nomeação de Lacir Ramos para uma chefia na Secretaria de Justiça e Sistema Penal e Socioeducativo do Rio Grande do Sul, e remanejado para a Secretaria do Trabalho, poderia ser um fato rotineiro, não fosse o fato de que Lacir é o famoso Folharada, criminoso que acumulou ao longo de anos de atividades no mundo do crime, condenações superiores a 200 anos.
A nomeação levanta a questão sore a real possibilidade de um cidadão que chegou ao fundo do poço recuperar-se, e trabalhar para recuperar outros cidadãos. Pena cumprida após contabilizar as progressões legais, Lacir passou a estudar, foi solto, publicou um livro, (“Um Milagre na Escola do Crime” onde conta toda sua história, da vida criminosa até a reviravolta que a religião provocou na sua vida) constituiu família, e iniciou um trabalho religioso, tornando-se capelão evangélico junto a penitenciárias gaúchas. Ali, tem se destacado com um intenso trabalho, de pacificação e ressocialização dos seus antigos colegas de prisão.
O Secretário responsável pela indicação que levou à nomeação de Lacir, o pastor da Igreja Assembleia de Deus Ronaldo Nogueira já foi deputado federal e Ministro do Trabalho, baseou-se em um dossiê dando conta de inúmeros trabalhos de ressocialização de presos, negociação de situações de tensão em casas prisionais inclusive em outros estados, realizados pelo novo assessor.
Elogios do Juiz da Vara de Execuções
O principal aval a Lacir Ramos foi sem duvida o juiz Sidnei Brzuska, conhecido por uma firme atuação no comando de Varas de Execução, e fiscalização de estabelecimentos penais no estado.
Em manifestação enviada a Lacir ao tomar conhecimento da nomeação, o magistrado destaca ter trabalhado durante 23 anos no sistema prisional em diversos presídios, e por 10 anos na fiscalização das principais casas prisionais do estado.
Brzuska elogia o trabalho de Lacir, lembrando que ele foi responsável por apresentar-lhe foragidos que voluntariamente eram levados ao regime fechado, “porque desejavam mudar de vida”. Segundo a manifestação do magistrado, “Você – Lacir – tirou muitas pessoas da criminalidade, e jamais faltou com a lealdade e com a palavra comigo. Se tem alguém que pode fazer alguma coisa de verdade para mudar esse sistema, ter um outro olhar e fazer a pessoas irem para a frente, saírem do crime, não praticarem mais crime, não produzirem novas vitimas, é você. Tenho absoluta confiança de que, para esse trabalho para o qual foste nomeado, vai nos deixar muito orgulhosos. Tenho certeza de que essa indicação foi absolutamente correta, justa.”
Mãe do ator Paulo Gustavo não participa do “Show dos 600 mil óbitos” da CPI
A mãe do ator Paulo Gustavo, Déa Lúcia Amaral, pensa como a maioria dos brasileiros, quando se trata de avaliar o trabalho da CPI da Pandemia, segundo relato da colunista Patrícia Kogut, do O Globo.
Déa Lúcia recusou convite para comparecer no show que está sendo preparado para o encerramento da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, a famosa CPI do Circo no Senado. A promoter Paula Lavigne foi convidada para organizar o espetáculo de encerramento onde será dada ênfase, com números luminosos, aos 600 mil mortos causados pela gestão da pandemia por governadores e prefeitos. A resposta da mãe do ato Paulo Gustavo foi enfática
“Não vou participar de jeito nenhum. A CPI virou uma CPI política, comandada por Renan Calheiros e Omar Aziz. Você acha que é séria e que vai dar em alguma coisa? Já estão em ano eleitoral. Não vou me prestar a isso. Como usam o nome dele [Paulo Gustavo]. É impressionante. Se precisarem de mim para uma campanha séria, para crianças e para idosos, eu vou. Pode me telefonar. Para política, não.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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