Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de maio de 2020
O estudo é uma parceria entre a Universidade Duke, nos EUA, a Universidade Estadual de Maringá e a UFMG
Foto: Divulgação/HRBAO Norte, o interior do Nordeste e o norte do Centro-Oeste são as regiões mais desassistidas em leitos de UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) do Brasil – antes e durante a pandemia de coronavírus. A análise foi feita por pesquisadores e leva em conta dados oficiais e a incidência da Covid-19.
O estudo é uma parceria entre a Universidade Duke, nos Estados Unidos, a Universidade Estadual de Maringá e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). A equipe fez uma pesquisa transversal, que é basicamente um desenho, uma foto de um determinado problema. Nesse caso, analisaram a infraestrutura de saúde no País e relacionaram com o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
Foram utilizados dados do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do monitoramento de Covid-19 do Ministério da Saúde. Para traçar um parâmetro e entender se uma determinada região estava ou não bem abastecida, os pesquisadores usaram os critérios da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Usamos a Anvisa porque as referências mundiais são internacionalizadas, ou seja, uma referência da Organização Mundial da Saúde tenta abordar os padrões de saúde da Nigéria até o Reino Unido. Se a gente for aplicar o modelo da OMS, pareceria que o Brasil estaria muito bem, mas não necessariamente. Escolhemos o nosso próprio padrão de referência”, explicou o pesquisador João Ricardo Nickenig Vissoci, que assina o estudo pela Universidade Duke.