Terça-feira, 18 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2020
O advogado e deputado estadual Sebastião Melo (MDB), da coligação do Estamos Juntos Porto Alegre, também concedeu entrevista à Rádio Pampa, na manhã deste domingo (29). A candidata Manuela D’Ávila (PCdoB), da coligação Movimento Muda Porto Alegre com quem disputa o segundo turno pela prefeitura da capital gaúcha, falou com a equipe às 9h.
A diferença entre os candidatos no primeiro turno, no dia 15 de novembro foi acirrada. Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Melo teve 200.280 votos, 31,01% dos votos, e Manuela, 187.262, 29% dos votos. Questionado como está sendo esse segundo turno, Melo definiu: “a eleição do segundo turno tu compara duas coisas, biografias e posição política. Nós temos projetos muito diferentes para a cidade, a minha adversária tem um projeto muito estatizante, tudo para ela tem que ser estatal. Nós defendemos uma proposta de parcerias nas mais diversas áreas. A minha adversária diz que vai suspender o IPTU comercial no ano de 2021, e nós vamos cancelar todos os demais aumentos. A segunda questão, não vamos aumentar o imposto, e vamos fazer um parcelamento para quem não conseguiu pagar os tributos”.
Em relação ao equilíbrio fiscal, Melo disse que é fundamental para as contas públicas. “Se não tiver equilíbrio fiscal, você não paga o serviço da cidade. Não paga o caminhão que recolhe o lixo, as creches conveniadas, não paga a saúde”. Ainda no âmbito financeiro, Melo destacou a importância de controlar os gastos. “Despesa pública é que nem unha, tem que estar cortando toda a hora. A prefeitura tem mais de três mil imóveis e eu vou vender todos esses imóveis em leilão. Vou criar um fundo para revitalizar a cidade de Porto Alegre, esse é um dinheiro carimbado. Um prefeito tem que cuidar de todos os bairros, mas a alma da cidade é o centro, e tem que fazer uma mudança nas entradas da cidade também. Vamos revisar todos os contratos da prefeitura, o bom gestor se revela na crise”.
Pela primeira vez, desde o início do sistema de distanciamento controlado, o mapa preliminar indica todas as 21 “Regiões-Covid” gaúchas em bandeira vermelha, o que aponta alto risco para o novo coronavírus. O mapa foi divulgado pelo governo gaúcho na última sexta-feira (27) e sobre o combate ao vírus, Melo destacou: “o Reino Unido anunciou que começa a vacinar a partir do dia 7 de dezembro. Primeira vez que o mundo faz uma vacina com tamanha rapidez. Nós vamos preparar a cidade para a vacina. Estou muito convencido que o Governo Federal vai comprar a vacina, não tenho dúvida disso. Se o Governo Federal não comprar a vacina, nós temos muita clareza que tem orçamento e de preferência fazer um consórcio metropolitano com os 12 municípios da Grande Porto Alegre e adquirir a vacina. Vamos equilibrar a saúde e o comércio, temos a firme a convicção que a cidade não aguenta mais esse abre e fecha”.
O espancamento e morte de João Alberto Silveira Freitas, ocorrido em 19 de novembro no estacionamento do supermercado Carrefour, na zona norte da capital, também foi um dos temas abordados. “Existe racismo em todos os lugares do mundo e isso dever ser repudiado. Um prefeito não pode fazer uma divisão, tem que governar para todos. O racismo tem que ser combatido por todos nós, ele não pode dividir a sociedade”.
Questionado sobre o que deixou de fazer quando foi vice-prefeito de Porto Alegre, de 2013 a 2016, Melo revelou o que pretende colocar em prática se for eleito: “eu não tive a caneta, eu vou fazer muito diálogo. Espere mudanças para melhorar a vida da cidade, a vida das pessoas. Vou trabalhar muito, acordar cedo pela cidade.
Após a entrevista do deputado estadual, seu vice-prefeito, Ricardo Gomes, falou à Rádio Pampa sobre a expectativa para a eleição de hoje. “Nós chegamos ao segundo turno com projetos muito diferentes um do outro. Acredito que a população sabe diferenciar isso. Estamos confiantes que vamos vencer a eleição. O nosso projeto é focado para Porto Alegre, para as pessoas de Porto Alegre”.
Gomes pontuou ainda como contribuirá com a cidade, caso sua chapa ganhe as eleições. “Sempre procurei mostrar na prática que a gestão pública tem que ser moderna, digital e eficiente, sem torrar dinheiro de imposto. Nós sabemos que o lugar do dinheiro das pessoas, do resultado do trabalho das pessoas é no bolso do cidadão e não dentro da máquina pública”, finalizou.