Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2015
Se o futuro acontecer como imaginou o empreendedor sul-africano Elon Reeve Musk, os problemas da energia e do aquecimento global serão resolvidos. O futuro cabe em uma bateria de 130 centímetros para pendurar na parede.
Musk já foi comparado a Thomas Alva Edison (1847-1931) e a Steve Jobs (1955-2011). Ele concretiza em produtos coisas improváveis como carros elétricos esportivos – os modelos Tesla, dos Estados Unidos.
Agora, ele quer aprisionar a energia limpa e ininterrupta do Sol em uma caixa discreta e elegante, a Powerwall.
A inovação foi apresentada ao público americano em Los Angeles por 3,5 mil dólares no modelo de 10 quilowatts-hora. É o bastante para manter acesa por algumas horas uma casa de classe média alta.
Há também uma versão de 7 quilowatts-hora por 3 mil dólares. As duas modalidades já podem ser encomendadas e começarão a ser entregues em três ou quatro meses. O preço final de instalação deverá ficar em torno de 5 mil dólares.
A Tesla repaginou as baterias de íons de lítio que já equipam seus carros (e usam a tecnologia empregada em telefones celulares). Empacotou-as de modo que possam fornecer energia para iluminação e eletrodomésticos sem ocupar espaço.
Ao caprichar no preço e no desenho, porém, Musk pretende uma reviravolta tecnológica: a era da geração distribuída baseada em energia solar. De simples consumidores de eletricidade, todos viram também produtores.
Visão.
Na sua visão, Powerwalls se espalharão pelo mundo conectadas com painéis fotovoltaicos, que convertem a luz solar em eletricidade. Armazenada no dispositivo, a energia estaria disponível para ser consumida à noite – solução ideal para locais remotos, distantes da rede de distribuição.
“Vamos ver algo parecido com [o confronto] celulares versus linhas telefônicas terrestres”, previu Musk.
“A Cinderela dessa bateria de 10 quilowatts-hora é a residência familiar. Ela é um sapato perfeito”, diz Roberto Ziller, professor de Energia e Ambiente.