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Tecnologia Nova “bolha da internet”? Empresas de tecnologia demitiram 234 mil pessoas no último ano

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Em janeiro de 2023 já foram 69 mil demissões. (Foto: Reprodução)

Entre os meses de novembro de 2022 a janeiro de 2023, gigantes da tecnologia como Amazon, Alphabet (dona do Google), Meta (dona do Facebook), Microsoft e Twitter demitiram cerca de 51 mil funcionários. Mas elas não foram as únicas do setor a fazerem cortes. Segundo o site Layoffs.Fyi, em 2022, mais de mil companhias de tecnologia foram as responsáveis por aproximadamente 160 mil demissões ao redor do mundo. em menos de um mês, 2023 já registra 47% desse número. Isso significa que, até o dia 31 de janeiro, 234 empresas de tecnologia demitiram quase 75 mil profissionais. Será esse momento uma nova versão da “bolha da internet” (ou bolha ponto com)?

A chamada “bolha ponto com” aconteceu bem no começo da década de 2000. A época foi marcada pela popularização da internet, que fez com que as empresas de serviços on-line atraíssem atenção dos investidores, que as viam como as “bolas da vez”.

Assim, o investimento nessas companhias começou a subir exponencialmente, mas grande parte disso era sustentada por especulação. De fato, algumas empresas que estavam surgindo eram realmente disruptivas e promissoras. Por outro lado, muitas outras ainda não tinham sequer um produto ou serviço consolidado, apenas o plano de se aproveitar do novo universo on-line que estava emergindo. E, com isso, elas também atraíram atenção.

Assim, várias companhias cresceram significativamente com esse capital especulativo, mas tiveram dificuldades em mostrar resultados e gerar lucros. A consequência disso foi um pânico entre os
investidores, que começaram a cobrar resultados das empresas, tirar dinheiro delas e vender suas participações e ações.

O que acontece agora com as empresas de tecnologia é um pouco diferente. Mas tem pontos semelhantes. Pelo menos é o que afirma Walmir Torrente, fundador da Bit One e especialista em tecnologia. Ele explica que o cenário atual também é de uma “ressaca” após fortes investimentos nas empresas de tecnologia. Por outro lado, ele afirma que uma das diferenças é que as empresas atuais são sólidas, ao contrário de muitas companhias da época da “bolha ponto com”.

Primeiro, é preciso entender que recentemente os juros estavam muito baixos, especialmente em países como Estados Unidos e os membros da zona do euro. assim, muitos investidores, como os fundos de venture capital (que apostam em empresas novas no mercado, que tendem a ser mais arriscadas, mas podem dar altos retornos) passaram a olhar para as empresas de tecnologia. Elas eram vistas como grandes oportunidades, com potencial de forte crescimento e, consequentemente, alto retorno.

Segundo o professor Renan Pieri, pesquisador de economia da Fundação Getulio Vargas EAESP, esse ambiente de juros baixos é uma das condições para se criar um ambiente de bolha.

“Isso acontece porque os investimentos mais seguros se tornam menos interessantes e, assim, o mercado acaba se arriscando um pouco mais. Nesse ciclo mais recente, estávamos em um cenário de juros baixos ao redor do mundo e o capital migrou para setores que são puxados pela fronteira tecnológica”, diz.

Contratações

Segundo Torrente, apesar da enorme quantidade de layoffs (e de posts no LinkedIn de pessoas narrando suas experiências e buscando novas oportunidades), profissionais de tecnologia tendem a não ficar muito tempo desempregados.

“Apesar da gente viver esse momento de grandes demissões, não tem gente sem trabalho. O mercado continua captando. Quando as ‘big techs’ estão sugando, puxando tudo para elas, elas inflacionam o mercado porque elas têm muito dinheiro e elas tiram profissionais qualificados do mercado. Agora, os layoffs colocam essas pessoas de volta no mercado”, afirma o especialista.

Ele explica que os profissionais altamente qualificados, que ocupavam cargos muito superiores, ou não estão sendo dispensados ou são rapidamente abordados por outra companhia. Já a “base da pirâmide”, segundo o especialista “não ganha tão bem” a ponto de o mercado não querer pagá-los. Então, eles também acabam sendo realocados facilmente.

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https://www.osul.com.br/nova-bolha-da-internet-empresas-de-tecnologia-demitiram-234-mil-pessoas-no-ultimo-ano/ Nova “bolha da internet”? Empresas de tecnologia demitiram 234 mil pessoas no último ano 2023-02-01
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