Armando Burd Nova investida para convencer

Temer disse que "há alguns procuradores-gerais que entram numa disputa para ver quem ganha". (Foto: Reprodução)

O governo esperava obter votos favoráveis de, no mínimo, 300 deputados federais, mas ficou nos 263, quarta-feira. O presidente Michel Temer, ontem, pediu a lista dos que lhe garantiram apoio e, na última hora, mudaram de lado. Assessores dizem que não há nenhum saco de maldades para ser despejado contra eles. Como tem pela frente a reforma da Previdência, tentará convencê-los a voltar ao barco do Palácio do Planalto. Difícil, não impossível.

Espetada

Roberto Jefferson, ex-deputado federal e condenado do mensalão, acertou na mosca: “O discurso do líder do PSDB, Ricardo Trípoli, pedindo o processo contra o presidente Temer, só seria sério se ele lesse a carta de renúncia dos quatro ministros do PSDB no governo.”

Inusitado

Para ser incluído no almanaque O Impossível Acontece: quarta-feira, alguns deputados federais levaram o voto por escrito para ler diante do microfone. Deve ter sido por medo de errar entre o sim e o não.

Contra maioria

O vereador André Carus declarou ontem que o PMDB gaúcho, ao votar contra o prosseguimento do processo envolvendo o presidente Temer, não pode mais usar o slogan “aqui é diferente”, porque perdeu a razão de existir. Disse ainda que sente vergonha pela posição dos deputados federais peemedebistas do Rio Grande do Sul. Propõe com urgência uma autocrítica, a revisão das bases programáticas e a renovação do partido.

Excesso ou escassez

Escolha de presidente em partido que ganha eleição provoca brigas. Quando perde, é raro encontrar candidato. É o que acontece no PMDB de Porto Alegre, que terá eleição no final deste mês.

Documento valioso

O historiador Gunter Axt lançará terça-feira, em Brasília, seu livro Memória do Conselho Nacional do Ministério Público. Tem prefácio de Rodrigo Janot. Na introdução, Gunter analisa a concepção e a lenta construção do conceito de controle externo do Judiciário e do Ministério Público entre 1977 e 2004, passando pelas principais crises políticas do período. A segunda parte reúne nove entrevistas com procuradores e corregedores do Ministério Público que atuaram nos últimos 12 anos. Avalia o mensalão, as delações premiadas, os métodos da Lava Jato, as medidas contra a corrupção, o pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes, entre outros temas.

Gunter é formado pela UFRGS e fez doutorado na Universidade de São Paulo.

Muitos pretendentes

Há disputa no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pela função de relator do processo de denúncia contra senadoras que ocuparam a mesa diretora, a 11 de julho, suspendendo a sessão plenária que votou a reforma trabalhista. A escolha será conhecida na terça-feira.

Rotativo

As variações levarão a uma situação inédita: um preço do litro da gasolina pela manhã, outro à tarde e diferente à noite.

Há 100 anos

A 4 de agosto de 1917, operários de Porto Alegre voltaram ao trabalho após cinco dias de greve em favor da diminuição da jornada e do aumento salarial. Neste período, foram criados cinco sindicatos de empregados. Como consequência, o governador Borges de Medeiros assinou decreto elevando de 5 a 25 por cento os salários de categorias de servidores estaduais que tinham salários menores.

Ontem e hoje

Em 1959, o rinoceronte Cacareco, do Jardim Zoológico de São Paulo, foi eleito vereador da cidade com 100 mil votos. Em 1988, o macaco Tião obteve mais de 400 mil votos na escolha do prefeito do Rio de Janeiro. Pelo andar da carruagem, em 2018 deverá aparecer um Cacareco ou Tião.

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