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Brasil Número de apreensões de armas de brinquedo cresce em São Paulo após dois anos em queda

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Airsoft é usada em práticas esportivas. (Foto: Reprodução)

Uma em cada quatro armas apreendidas pela PM (Polícia Militar) no Estado de São Paulo é falsa. O dado, referente a 2016, foi levantado pelo Instituto Sou da Paz via Lei de Acesso à Informação.

Após dois anos de queda, São Paulo registra um aumento no número de armas de brinquedo apreendidas. Foram 3.574 no ano passado – o que representa mais de 24% do total (14.758). No mesmo período, 11.184 armas de fogo foram recolhidas pela PM.

Entre os simulacros apreendidos estão airsofts, réplicas quase perfeitas das armas de fogo verdadeiras. O esporte virou febre em São Paulo. No jogo de estratégia, é usado um armamento de pressão no qual se tenta acertar o adversário com bolinhas de plástico não letais. O problema, segundo a ONG, é que essas armas, que precisam ter uma ponta laranja para se diferenciar das reais, têm sido adaptadas e desviadas para o crime.

“Apesar de ela ter um uso diferente e várias das pessoas fazerem um uso esportivo e de lazer, o que é perfeitamente legítimo, não dá para você ignorar o volume dessas armas [de airsoft] que estão sendo utilizadas no crime”, diz Bruno Langeani, coordenador do Sou da Paz.

Outros levantamentos já feitos pela ONG na capital mostram que há um percentual muito alto de crimes cometidos com as armas falsas. “Quase 40% dos roubos estão sendo praticados com essa arma de pressão ou uma arma de brinquedo. Então ela é usada para atemorizar alguém”, afirma Langeani.

Um fator que influencia diretamente no uso de armas de brinquedo no crime é a punição que alguém pode receber se for pego pela polícia com elas. “No caso do simulacro, se alguém é pego com ele na rua, vai ser feito um auto de apreensão e a pessoa é liberada”, diz Langeani. “No caso do roubo com arma, entra como roubo qualificado. E aí a pena pode chegar a 15 anos de prisão.”

Crimes
Segundo a ONG, em dezembro do ano passado, por exemplo, um homem foi morto por policiais ao tentar sacar uma arma de brinquedo em Lençóis Paulista, interior do Estado.
Também podem ocorrer tragédias envolvendo o uso de armas falsas. Num dos casos mais recentes, um adolescente de 15 anos foi baleado e ferido pela polícia em Potim, interior paulista, ao brincar com um airsoft na rua em julho deste ano.
Em outubro, um estudante de 14 anos feriu outro de 13 com um tiro de pistola usada em jogos de airsoft numa escola estadual em Araraquara, interior paulista. 

A airsoft lembra um jogo de paintball, mas não dispara bolas de tinta para atingir o adversário. Os adeptos simulam operações policiais, militares ou simplesmente com um armamento que se assemelha ao real, inclusive nas medidas, peso e modelos.

As armas são reguladas e fiscalizadas pelo Exército, que informa ter apreendido 1.826 armamentos de airsoft irregulares neste ano apenas no estado de São Paulo. A maior parte das apreensões (1.075) se deu nos últimos dias, durante uma operação batizada de Alta Pressão V, que terminou nesta terça-feira (14). Quase 60 militares participaram da ação, que teve como objetivo intensificar as atividades de fiscalização de produtos controlados pelo Exército.

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