Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 11 de abril de 2019
Michael Avenatti, advogado de destaque e crítico proeminente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi indiciado devido a acusações de ter fraudado clientes e o governo dos Estados Unidos em milhões de dólares, incluindo alegações de que desfalcou um paraplégico, disseram procuradores nesta quinta-feira (11). As informações são das agências de notícias Reuters e AFP.
O indiciamento veio cerca de três semanas depois de Avenatti, que ganhou projeção nacional por representar a atriz pornô Stormy Daniels em seu litígio contra Trump, ser preso em Nova York devido a duas denúncias criminais diferentes apresentadas por procuradores de Nova York e da Califórnia.
Isso significa que o grande júri que votou a favor do indiciamento de Avenatti na noite de quarta-feira considerou que os procuradores da Califórnia têm uma causa provável para levar suas acusações adiante.
Inocente
Avenatti, de 48 anos, disse que planeja contestar todas as acusações e disse ser inocente.
“Aguardo que toda a verdade seja conhecida, ao contrário da versão unilateral concebida para me afastar”, tuitou Avenatti, que foi solto com uma fiança de 300 mil dólares, nesta quinta-feira antes de seu indiciamento ser anunciado.
Sua apresentação a um tribunal federal de Santa Ana, 70 quilômetros ao sul de Los Angeles, será no dia 29 de abril.
“Por 20 anos eu representei Davids contra Golias e confiei no devido processo e em nosso sistema de justiça”, escreveu Avenatti no Twitter. “No caminho eu fiz muitos inimigos poderosos. Tenho o direito de uma PRESUNÇÃO COMPLETA de inocência e confio que a justiça será feita assim que TODOS os fatos forem conhecidos”.
Fraude bancária
Membros da Procuradoria-Geral do Distrito Central da Califórnia apresentaram 10 denúncias de fraude bancária contra o advogado, acusando-o da malversação de mais de 12 milhões de dólares que recebeu em nome de clientes depois de acordos e outras negociações.
“Dinheiro gerado de um conjunto de crimes foi usado para incitar outros crimes, tipicamente na forma de pagamentos concebidos para ludibriar vítimas de maneira a impedir que o castelo de cartas financeiro do senhor Avenatti desmoronasse”, explicou Nicola Hanna, procurador-geral do Distrito Central da Califórnia, em uma coletiva de imprensa em Los Angeles nesta quinta-feira.
O advogado representou a atriz pornô em seu processo contra Trump para invalidar um acordo de confidencialidade realizado dias antes das eleições presidenciais de 2016 sobre um suposto romance que tiveram anos antes.