Domingo, 05 de maio de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
22°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia O banco Bank of America projetou o valor do dólar no Brasil em cinco reais e cinquenta centavos depois das eleições

Compartilhe esta notícia:

Instituição forjou um cenário na hipótese de vitória de um candidato com agenda contrária à do mercado. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O Bank of America projetou o dólar em R$ 5,50 após eleições. Em relatório publicado, a instituição imagina um pior cenário com vitória de um candidato com agenda contrária à do mercado e com dúvidas sobre sua governabilidade, o que levaria a moeda americana a atingir o valor em 2019. Neste caso, a inflação iria a 7%, e o PIB teria queda. As perspectivas mais concretas dos analistas do banco, no entanto, apontam que o dólar fechará 2018 em R$ 3,65. Para o próximo ano, a projeção é que a moeda americana fique nos R$ 3,72.

O exterior ainda é o fator preponderante para a desvalorização do real e de outras moedas no mundo. “O estímulo fiscal está levando a um crescimento americano maior em comparação com o restante do mundo, onde o crescimento vacila”, indica o banco. “Um aumento no protecionismo comercial elevaria a aversão a risco global e afetaria desproporcionalmente outros países por causa de sua abertura econômica.”

Especificamente para a moeda brasileira, o fator doméstico começa a pesar. “O risco cresceu agudamente nas últimas semanas em meio à piora do cenário externo, ao aumento das preocupações com as eleições do Brasil e com o maior impacto da paralisação dos caminhoneiros na economia”, dizem os analistas David Beker e Ana Madeira no relatório. Nos próximos meses, as incertezas eleitorais devem assumir o protagonismo sobre o comportamento do dólar, conforme a divulgação de pesquisas se tornar mais frequente e as alianças forem forjadas, indica o banco.

Bruno Braizinha, analista da área de alocação global de ativos do Société Générale, também esboça preocupação com as eleições. “Algumas pesquisas dizem que Jair Bolsonaro vai ganhar, independentemente do cenário. Outras dizem que vai perder. Não há clareza.” Mas, acima de tudo, a valorização do dólar é fruto de um sentimento global de aversão a risco, diz.

Sentimento esse ancorado na desaceleração do crescimento econômico mundial e, mais recentemente, nas tensões comerciais entre EUA, China e Europa, que podem gerar um aumento do protecionismo global e contribuir para a valorização do dólar. O aumento do risco gera um fluxo maior de compra de dólar, ativo considerado seguro, completa. “O dólar vai continuar a se apreciar em uma escalada das tensões comerciais ante moedas emergentes e também ante o euro.”

Nafez Zouk, estrategista global de macroeconomia da Oxford Economics, também associa o risco de um comércio mais fraco no mundo a um fortalecimento do dólar. Para ele, isso só contribuiria para o agravamento das tensões. “Um dólar mais forte por causa, em parte, do aumento da demanda por ativos mais seguros em um mundo com volatilidade crescente acrescentaria pressão adicional ao comércio, que já está vendo uma intensificação das tensões entre EUA e China.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

O resgate de um time de futebol em uma caverna pode levar meses, disseram as autoridades da Tailândia
Avião monomotor com 60 quilos de cocaína cai no Paraná e piloto desaparece
https://www.osul.com.br/o-banco-bank-of-america-projetou-o-valor-do-dolar-no-brasil-em-cinco-reais-e-cinquenta-centavos-depois-das-eleicoes/ O banco Bank of America projetou o valor do dólar no Brasil em cinco reais e cinquenta centavos depois das eleições 2018-07-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar