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Economia O banco central argentino voltou a atuar no mercado de câmbio à vista após conversas com o Fundo Monetário Internacional

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Christine Lagarde, do FMI, com o ministro argentino Nicolas Dujovne. (Foto: Divulgação/FMI)

O peso da Argentina era negociado estável depois que o banco central do país vendeu reservas cambiais no mercado à vista nesta quinta-feira pela primeira vez desde que anunciou que estava buscando financiamento junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional), disseram operadores.

As ações e os preços dos títulos também subiam nesta sessão, enquanto a Argentina tenta combater uma das maiores taxas de inflação do mundo em meio a fluxos de saída gerais dos mercados emergentes.

O peso havia enfraquecido no início da sessão, caindo para 22,72 por dólar antes da intervenção do banco central. Às 14:55 (horário de Brasília), era negociado a 22,70 por dólar.

Até quarta-feira, a moeda local havia caído 9,12 por cento em maio e 17,5 por cento desde o início de 2018, levando o banco central a vender bilhões de dólares em reservas em moeda estrangeira e elevar a taxa de juros para 40 por por cento. Um porta-voz do banco central não respondeu a um pedido de comentário.

Entenda

Uma combinação de tropeços internos e um cenário externo mais turbulento levaram a Argentina à atual crise cambial.

A valorização global do dólar provocou uma desvalorização nas moedas dos países emergentes como Brasil, Colômbia e Turquia. Mas a onda pegou a Argentina em um momento de particular fragilidade política e econômica.

No campo das finanças, o país tem uma taxa de inflação muito mais elevada do que a do Brasil e a de demais países latino-americanos, à exceção da Venezuela. No ano passado, foi de 25%. No Brasil, de 2,95%.

Nos primeiros quatro meses do ano, uma seca severa ajudou a inflamar os preços dos alimentos e baixou expectativas de receitas com a exportação de grãos. Isso elevou a insatisfação dos argentinos, que já estavam sob o impacto de reajustes nos preços das tarifas de energia e de transportes, congelados durante anos nas gestões de Néstor e Cristina Kirchner.

O resultado é uma inflação que está rodando acima de 2% e que, nos primeiros três meses do ano, foi de 6,7%.

O economista Marcos Buscaglia, da consultoria Alberdi Partners, afirma que o pedido de socorro ao FMI gerou certo assombro entre estrangeiros, que buscam informações para tentar entender a crise argentina.

Afinal, Macri é considerado um dos presidentes mais reformistas no poder hoje, aprovou mudanças na Previdência Social e já enviou ao Congresso proposta para alterar as regras trabalhistas.

“Há pouco mais de duas semanas, em encontro do FMI em Washington, a Argentina era um dos países-estrela, com investidores demonstrando interesse e otimismo com o país”, disse.

A seu ver, a administração Macri cometeu erros, como a mudança da meta de inflação de maneira desastrada, além de dificuldades em fazer um ajuste fiscal mais duro, como forma alternativa aos juros para conter o aumento de preços.

“O peso se depreciou muito em janeiro e em um país dolarizado como a Argentina, as pessoas pensam em dólar, poupam em dólar e se assustam. Quando o dólar sobe, o argentino compra dólar [o que reforça o impulso de alta]”, diz.

Segundo o economista Dante Sicca, da consultoria Abeceb, recorrer ao FMI dá força à economia argentina para resistir à corrida por dólares. Mas pode ter reações políticas negativas para Macri.

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