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Mundo O Brasil fica fora do roteiro da 1ª viagem de enviado de Joe Biden à América do Sul

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Manter a Floresta Amazônica em pé vale R$ 1,5 trilhão por ano. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O roteiro da primeira viagem para a América do Sul do enviado do governo Joe Biden, Juan Gonzalez, não inclui o Brasil. Ele é diretor sênior para o Hemisfério Ocidental no Conselho de Segurança Nacional, o que o torna responsável por assuntos latino-americanos. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo divulgado no último sábado (10) pela Casa Branca, Gonzalez passará por Colômbia, Argentina e Uruguai entre 11 e 15 de abril, para se encontrar com autoridades locais.

O Brasil ficou de fora do itinerário, apesar de ter em seu território a maior parte da floresta amazônica, que registrou recorde de desmatamento no mês de março. Declarações anteriores indicam que Gonzalez é crítico da agenda ambiental do governo Bolsonaro.

Governadores

O Fórum Nacional de Governadores articula o envio de uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre as mudanças climáticas. A iniciativa é liderada pelo coordenador do grupo, Wellington Dias (PT), o governador do Piauí, e por Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, entusiasta do tema.

A peça, escrita com apoio do CBC (Centro Brasil no Clima), de instituições da sociedade civil, pesquisadores e cientistas, será enviada ao governo norte-americano até 20 de abril.

No texto, os governadores brasileiros devem dizer a Biden que estão preparados para colaborar com os Estados Unidos para a preservação do meio ambiente no Brasil.

A redação final da mensagem ao presidente norte-americano não foi finalizada, mas deve ter adesão de mais de 20 chefes do Executivo nos Estados.

Enquanto ainda era candidato à Casa Branca, Biden afirmou que doaria dinheiro para o combate ao desmatamento na Amazônia e ameaçou sancionar o Brasil, caso o país não “pare de desmatar”.

Na época, Ricardo Salles ironizou a proposta de ajuda financeira. “Só uma pergunta: a ajuda dos US$ 20 bilhões do Biden, é por ano?”, questionou. O presidente Jair Bolsonaro também rebateu a declaração e classificou a fala de Biden como “lamentável”, e disse que a soberania brasileira “é inegociável”.

Em fevereiro de 2021, com os Estados Unidos sob a administração democrata, Ricardo Salles e o então ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, realizaram uma reunião por videoconferência com o enviado especial do Clima do governo norte-americano, John Kerry, para discutir mudanças climáticas e pediram ajuda dos EUA para combater o desmatamento.

Uma das primeiras medidas anunciadas pela nova gestão da Casa Branca foi um pacote de ações forcadas na preservação do meio ambiente, com medidas como a proibição de novas perfurações de petróleo e gás em suas terras e corte de subsídios a combustíveis fósseis.

No mês seguinte, Biden, convidou Bolsonaro e outras 39 autoridades mundiais para um fórum virtual sobre o clima, que será realizado em 22 e 23 de abril. A “Cúpula dos Líderes sobre o Clima” será virtual e transmitida ao vivo. O objetivo do encontro é abordar a urgência e os benefícios econômicos de ações ambientais mais significativas.

Salles afirmou, na última semana, que vai utilizar o encontro para pedir US$ 1 bilhão aos Estados Unidos para combater o desmatamento na Amazônia. Ele afirmou que com a quantia reduzirá até 40% do desmatamento da região em 12 meses.

Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal bateram recorde em março de 2021, apesar da atuação das Forças Armadas na região. Foi a maior área registrada na série histórica, iniciada em 2015, segundo dados do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais).

Foram 367 km² desmatados no mês, segundo as medições do Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real). Antes, o mês de março com maior devastação verificada pelos satélites tinha sido em 2018, com uma área de 356 km² desmatada.

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